Pude logo sentir na altura
Não haver forma de saber
Folhas caídas na noite
Quem pode dizer para onde as sopra o vento
São livres, nesse momento
Se calhar, aprendendo
Por que na maré o mar
Não tem para onde voltar
Mais do que isto, tu sabes não haver
Mais do que isto, diz-me uma coisa
Mais do que isto, o que existe é nada
Foi divertido durante uns tempos
Não havia modo de saber
Como um sonho na noite
Quem pode dizer para onde iremos
Sem cuidado no mundo
Talvez esteja a aprender
Por que na maré o mar
Não tem para onde voltar
Mais do que isto, tu sabes não haver
Mais do que isto, diz-me uma coisa
Mais do que isto, o que existe é nada
por Bryan Ferry
Wednesday, December 26, 2007
Thursday, December 20, 2007
Descansado estava no meu local de trabalho entretido com o que tinha a fazer. Concentrado estava no trabalho em mãos. Assim do nada, uma mensagem.
- Oh pá, mas que coisa, hoje isto não pára?! - para espanto meu a mensagem era de alguém com quem já não tinha contacto para uns bons meses.
Distraio-me com a mensagem, de início confesso que nem prestei atenção ao que estava escrito. Quando houve oportunidade para ler a sério a mensagem fiquei admirado. Ora tu me rejeitavas, ora tu me desejavas. Esta mensagem era sem dúvida uma das últimas.
Como habitual, dizias tudo por entrelinhas, não sei se por vergonha de afirmares determinadas sensações, se por embaraço do desejo.
Lá fui ter contigo para saber o que se passava. Tu sempre adoraste quando apareço com um olhar de maravilhado, como de uma criança que pela primeira vez descobre algo de bom. Tu sempre adoraste, também, o modo como eu fingia não entender o que querias. Mas desta vez estranhei. Não sabia muito bem ao que ia.
Bati a tua porta. Demoraste a abrir, como que ainda não muito convencida do desejo súbito. A conversa como sempre era um álibi para aliviares, relaxares, das sensações. Sem estares a espera mesmo antes de começares a falar beijei-te. O vigor e a vontade foram tal que rapidamente te convenceste. A vontade e o desejo eram mútuos. Facilmente deleitamos-nos com o gosto de cada um, com as carícias, toques, cheiros um do outro. Excitados como estávamos fomos embrulhando-nos um no outro, entre mãos aqui, beijos acolá, íamos explorando. Dentro de ti estava como dantes nunca tinha estado. Não sei pelo momento, se pelos sussurros, se pelos suspiros, se pelo desejo, o certo é que não conseguíamos parar. Os orgasmos seguiam-se uns atrás dos outros, numa sucessão desenfreada, como se não houvesse amanhã.
Por fim ficamos apenas abraçados, saboreando o suor um do outro. O cheiro era especial, era de prazer, o sabor não era apenas salgado era diferente, era de satisfação. Assim ficamos trocando pequenas carícias e beijos, bem agarrados um noutro.
por Nuno Lourenço
Tuesday, December 18, 2007
1, 2, 3, experiência...
1, 2, experiência...
Alô!
1, 2, experiência...
Pois bem me parecia.
Sunday, December 16, 2007
Wake up (wake up) Grab a brush and put on a little make up Hide the scars to fade away the shakeup (hide the scars to fade away the shakeup) Whyd you leave the keys up on the table There you go create another fable You wanted to Grab a brush and put on a little makeup You wanted to Hide the scars to fade away the shakeup You wanted to Whyd you leave the keys up on the table I dont think you trust in my self righteous suicide I cry when angels deserve to die (die) Wake up (wake up) Grab a brush and put on a little make up Hide the scars to fade away the shakeup (hide the scars to fade away the shakeup) Whyd you leave the keys up on the table There you go create another fable You wanted to Grab a brush and put on a little makeup You wanted to Hide the scars to fade away the shakeup You wanted to Whyd you leave the keys up on the table I dont think you trust in my self righteous suicide I cry when angels deserve to die In my self righteous suicide I cry when angels deserve to die Father father father father Father into your hand I comend my spirit Father into your hand why have you forsaken me in your eyes Forsaken me in your thoughts Forsaken me in your heart Forsaken me ohh Trust in my self righteous suicide I cry when angels deserve to die In my self righteous suicide I cry when angels deserve to die
Thursday, December 13, 2007
Ok.
E tudo se resolveu :D
YEAH, yupi, yupi.
Resistir sempre :)
Amo-vos loucamente
Wednesday, December 12, 2007
Mas que porra esta.
As pessoas deveriam ter apenas problemas de saúde ligeiros.
Nada que fosse grave, que uns dias de cama e descanso não resolvessem.
Espero que tudo acabe em bem.
Amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos, amo-vos...
Sunday, December 9, 2007
You sit there in your heartache Waiting on some beautiful boy to save you from your old ways You play forgiveness Watch it now ... here he comes! He doesn't look a thing like Jesus But he talks like a gentleman Like you imagined when you were young Can we climb this mountain I don't know Higher now than ever before I know we can make it if we take it slow Let's take it easy Easy now, watch it go We're burning down the highway skyline On the back of a hurricane that started turning When you were young When you were young And sometimes you close your eyes and see the place where you used to live When you were young They say the devil's water, it ain't so sweet You don't have to drink right now But you can dip your feet Every once in a little while You sit there in your heartache Waiting on some beautiful boy to To save you from your old ways You play forgiveness Watch it now here he comes He doesn't look a thing like Jesus But he talks like a gentleman Like you imagined when you were young (He talks like a gentlemen, like you imagined when) When you were young I said he doesn't look a thing like Jesus He doesn't look a thing like Jesus But more than you'll ever know
Wednesday, December 5, 2007
We'll do it all Everything On our own We don't need Anything Or anyone If I lay here If I just lay here Would you lie with me and just forget the world? I don't quite know How to say How I feel Those three words Are said too much They're not enough If I lay here If I just lay here Would you lie with me and just forget the world? Forget what we're told Before we get too old Show me a garden that's bursting into life Let's waste time Chasing cars Around our heads If I lay here If I just lay here Would you lie with me and just forget the world? All that I am All that I ever was Is here in your perfect eyes, they're all I can see I don't know where Confused about how as well Just know that these things will never change for us at all If I lay here If I just lay here Would you lie with me and just forget the world?
Friday, November 30, 2007
Depois da descoberta do arquipélago da Madeira as ilhas foram divididas em capitanias. A ilha da Madeira foi dividida em duas capitanias, uma entregue a Tristão Vaz Teixeira e outra a João Gonçalves Zarco. A ilha de Porto Santo foi entregue a Bartolomeu Perestrelo. Esta divisão foi confirmada pelo Infante D. Henrique, que assinou uma carta de doação onde registou em pormenor os direitos e os deveres dos capitães.
Quem eram os capitães?
João Gonçalves Zarco
João Gonçalves Zarco deve ter nascido por volta do ano de 1395, não se sabendo ao certo qual a sua terra natal. O seu nome era João Gonçalves. Zarco ou Zargo é uma alcunha, e há várias interpretações para esta alcunha. Uns dizem que João Gonçalves, quando da conquista de Ceuta, teria morto um árabe conhecido pela sua violência e ferocidade, chamado Zargo. Depois desta façanha, puseram-lhe como alcunha o nome do mouro. Outros garantem que lhe chamavam Zarco por ser costume dar esse nome a quem tivesse os olhos esverdeados como ele. A versão mais corrente é que a palavra Zargo ou Zarco significa zarolho, e que João Gonçalves teria perdido um olho em luta contra os mouros no Norte de África. Quando partiu para a Madeira para aí se instalar levou a mulher, Constança Rodrigues de Almeida, e três filhos pequenos. Já na ilha o casal viria a ter mais quatro filhos.
Tristão Vaz Teixeira
Segundo consta, o seu nome era apenas Tristão Vaz, mas como a mulher era Branca Teixeira e os seus descendentes o apelido da mãe, os historiadores acrescentaram este nome ao do descobridor. Na maior parte dos documentos da época e no seu testamento é referido apenas como Tristão da Ilha. O rei ter-lhe-ia dado um brasão com uma fénix em campo azul, que ainda hoje pode ser admirado na Capela do Machico.
Bartolomeu Perestrelo
Bartolomeu Perestrelo era filho de um italiano chamado Filippo Pallastreli, que se instalou em Lisboa em 1385 para se dedicar ao comércio. Bartolomeu nasceu em 1400 e morreu em 1457 ou 1458. Casou duas vezes, a primeira com Beatriz Furtado de Mendonça, de quem teve três filhas: Catarina, Iseu e Beatriz. A segunda mulher, Isabel Moniz, deu-lhe o único filho varão, Bartolomeu. Deste casamento teve também uma filha, Filipa, que foi mulher de Cristóvão Colombo, o descobridor da América.
Thursday, November 29, 2007
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Tuesday, November 27, 2007
O ataque à Península Ibérica
No ano de 711, árabes e berberes comandados por Tarik partiram de Ceuta dispostos a atravessar o Mediterrâneo para conquistarem a Península Ibérica. Desembarcaram num rochedo a que deram o nome de Jbel Tarik, palavra que viria a evoluir, transformando-se em Gibraltar. Daí foram penetrando para o interior e em poucos anos derrotaram os cristãos e ocuparam toda a Península Ibérica, excepto as montanhas das Astúrias.
Desde o ano de 711 até 1415 houve muitas transformações na Península Ibérica como no Norte de África. Os cristãos organizaram-se nas Astúrias, foram reconquistando as suas terras e formaram-se vários reinos independentes. No Norte de África, os berberes revoltaram-se contra os árabes e também eles formaram vários reinos independentes. Mas mantiveram a religião muçulmana.
No século XI os almorávidas, uma das tribos berberes do deserto do Sara, conseguiram conquistar grande extensão de território e fundaram a cidade de Marraquexe. Nessa época os mouros da Península Ibérica, sentindo-se ameaçados pelos ataques frequentes dos cristãos, resolveram pedir ajuda aos almorávidas. Não ignoravam o perigo que essa ajuda representava, pois o chefe almorávida era ambicioso. Mas parecia-lhes preferível serem dominados por um povo que tinha a mesma religião. E assim aconteceu. Em poucos anos os almorávidas estenderam o seu domínio a toda a Península dominada pelos árabes. Mais tarde uma outra tribo berbere consegui organizar-se. Tomando o nome de almóadas, conquistaram terras no Norte de África e invadiram também a Península Ibérica, vencendo os almorávidas. Mas as lutas continuaram de ambos os lados do estreito de Gibraltar. A norte os cristãos foram avançando cada vez mais, até os almóadas ficarem circunscritos ao reino de Granada. A sul surgira entretanto outra tribo poderosa: os merínidas. Não conseguiram dominar todo o território mas conquistaram cidades importantes como Marraquexe, Fez e Ceuta. Quando, em 1415, os portugueses se prepararam para dar o primeiro salto além-fronteiras e ir combater os seus inimigos do outro lado do mar, escolheram Ceuta, de onde Tarik partira com intenções idênticas em 711.
O império merínida entrara já em decadência. Pertencia agora a vários senhores merínidas mas também a chefes de outras tribos. Todos se mantinham fiéis à religião muçulmana, o que os tornava só por isso "inimigos oficiais" dos cristãos.
P.S.:
Os cristãos da Península deram muitos nomes aos seus invasores:
mouros, porque vinham da Mauritânia;
infiéis, porque eram infiéis à religião cristã;
muçulmanos, porque praticavam a religião muçulmana;
maometanos, porque a sua religião fora pregada por Maomé;
islamitas, porque os árabes consideravam a sua religião "o Islão", ou seja, submissão à vontade de Deus.
Na antiguidade o Norte de África era habitado por tribos e berberes, que nunca se uniram para formar um só Estado e viviam em lutas constantes de tribo contra tribo. Foram invadidos várias vezes ao longo dos séculos por povos vindos da Europa, como por exemplo os romanos e mais tarde os vândalos. Os invasores traziam novas regras de vida, outros costumes e a sua religião própria. No final do século VII, o Norte de África era habitado por tribos berberes independentes umas das outras e a população praticava religiões muito diferentes. Havia cristãos, pagãos e judeus. A zona mais próxima da Península Ibérica chamava-se Mauritânia.
A invasão árabe
No final do século VII, os árabes, vindos da Arábia, lançaram-se à conquista do Norte de África. Os berberes tentaram reagir mas sem grande êxito. Os heróis da resistência não foram homens, mas duas mulheres, a princesa Coceila e sua filha Cahina. Cahina acabou por se transformar numa personagem lendária a quem os súbditos atribuíam poderes mágicos, graças aos quais conseguiu aguentar o ataque dos árabes durante cinco anos. Preferiu suicidar-se quando percebeu que seria derrotada. Nesta época já muitas tribos berberes tinham sido submetidas ao poder dos invasores e abraçado a religião muçulmana. Os filhos de Cahina optaram por seguir o mesmo caminho
O Norte de África passou então a ser governado por senhores árabes, a quem se dava o nome de califas. Os califas tinham muito poder na sua terra, mas todos obedeciam ao senhor de Bagdade, que era uma espécie de centro ou capital do império árabe.
Tuesday, November 20, 2007
Porque caíste tu? Porque cortaste as tuas asas? O que te levou a resignares o que tinhas de lindo? Porque renunciaste tu o teu âmago? Porque choras assim? Deixaste de acreditar?
Não sofras. Ergue-te para veres o sol. Não, não é um novo dia que está a nascer. É o mesmo. Apenas tem cores diferentes. Olha em frente e deslumbra-te.
Mas espera não estás a chorar. Não estás a sofrer. O que é então? Não entendo? Afinal que fizeste tu? Queres dizer-me o quê? Não compreendo a tua linguagem? Não percebo o teu diálogo? É numa língua muda.
Falas e gesticulas, mas não consigo acompanhar-te. O quê? Não. Não pode! Mas tu chamas-me? Que queres tu de mim? Que terás tu para me oferecer? Não sei o que és?
Levantas os olhos e perscrutas-me como se fosses parte de mim. Finalmente vejo. Tu és. Tu és. Estivesses sempre aqui comigo. Nunca te vi. Mas tu és minha. És o meu anjo da guarda. És linda. O novo dia que virá será sem dúvida o início da continuidade da nossa história.
por Nuno Lourenço
Sunday, November 18, 2007
Estavas sentado observando o que se passava em tua volta. Nada em particular, tudo em especial. Contigo trazias sempre o resultado de uma vida. Interroguei-me, vendo, imaginando, o que te levara a estares assim. No banco de jardim estavas como alguém que de direito tinha conquistado o seu espaço. Perguntei-me o que tanto conversavas tu com a pessoa inexistente a teu lado.
Semblante marcado com a história de acontecimentos passados, cravados na memória recorrente. Tantas eram as hipóteses. Qualquer delas perfeitamente possível. Num saco de plástico trazias a tua despensa, noutro a acumulação da tua vida, para alguns quinquilharias, sobre as costas tinhas dois cobertores.
Decidi ir ter contigo, falar, aprender, sorver um pouco de ti. Sentei-me a teu lado e iniciei a conversação, pensando, nem sei porquê, que poderia ajudar de algum modo. Nada respondias até que olhas para mim e dizes - "A história é como os homens querem que os acontecimentos sejam registados, a memória é como eles realmente aconteceram".
por Nuno Lourenço
Thursday, November 15, 2007
Se queres alguma coisa, não peças nada. Se queres nada, não peças alguma coisa.
A diferença entre as crianças e os adultos são as lições que aprendem.
Monday, November 12, 2007
Depois da chegada à Índia os portugueses tiveram que enfrentar novos desafios militares, o que levou ao desenvolvimento e melhoria no fabrico de armas de fogo. Continuaram a usar-se espadas e lanças, mas o mais importante eram as peças de artilharia, feitas em bronze.
Peças de artilharia da primeira metade do século XVI
PEDREIROS
Peças de grande calibre com um tubo curto que atiravam pelouros (bolas) de pedra destinados a estilhaçar aquilo em que embatessem.
CANHÕES
Bocas de fogo de médio calibre e médio comprimento de tubo que atiravam pelouros de ferro fundido com maior alcance que os pedreiros. Estes pelouros destinavam-se a atingir fortificações e navios.
COLUBRINAS
Bocas de fogo de médio calibre com grande comprimento de tubo que lançavam pelouros de ferro para abaterem objectivos a grande distâncias.
Segunda metade do século XVI
A PÓLVORA
A pólvora, há muito conhecida na Europa, já era fabricada em Portugal desde o século XV. Era composta por uma mistura de salitre (75%), enxofre (12,5%) e carvão (12,5%). A partir do século XVI a mistura deixou de ser em pó e passou a ser em grão, porque assim conseguia-se maior estabilidade no armazenamento e melhor eficácia no tiro. A pólvora era utilizada para fazer os canhões dispararem pelouros, mas os pelouros que então se conheciam eram de pedra ou de ferro, não eram explosivos.
OS PRIMEIROS EXPLOSIVOS
Os primeiros projécteis explosivos utilizados na guerra foram as panelas de fogo. Tratava-se de panelas de barro em tudo iguais às da cozinha e cheias de pólvora. Pegava-se-lhes fogo e atiravam-se ao inimigo.
Na defesa da cidade de Diu (Índia), na segunda metade do século XVI, os portugueses usaram muitas destas panelas de fogo.
A ESPINGARDA
A espingarda começou por ser uma espécie de pequeno canhão de mão que lançava um projéctil de pedra ou de metal empurrado por uma explosão de pólvora. Este tipo de arma era pouco seguro porque os canos não eram resistentes e podiam rebentar com a força da pólvora. Mas foi-se aperfeiçoando o fabrico. Quando Vasco da Gama descobriu o caminho marítimo para a Índia já era comum haver espingardeiros a bordo. No Oriente, os indianos e mouros utilizavam peças de artilharia, mas de uma maneira geral tinham menos potência do que as portuguesas.
AS ARMADURAS
No Oriente fazia muito calor e portanto não era possível usar armaduras metálicas completas. Na maior parte dos casos passou a lutar-se com o corpo desprotegido. Alguns continuaram, o entanto, a servir-se de cotas de malha e de elmos.
Vasco da Gama pertencia a uma família nobre. Estêvão da Gama, seu pai, combatera com bravura no Norte de África, servindo também de espião em Anafé, hoje Casablanca, para recolher informações acerca da capacidade defensiva da cidade. Homem corajoso, afoito e capaz de iniciativas originais, quando teve de fazer de espião disfarçou-se de vendedor de figos e levou a missão a bom cabo. Este serviço valeu-lhe ser nomeado alcaide de Sines pelo rei D. João II.
Estêvão e sua mulher, Isabel Sodré (Isabel descendia de nobres ingleses que vieram para Portugal em 1385 com D. Filipa de Lencastre. O apelido Sudley ter-se-ia alterado para Sodré), tiveram quatro filhos: Paulo, Vasco, Aires e Teresa.
Vasco nasceu em 1468 ou 1469. Na infância e juventude frequentou a corte. Conheceu portanto D. Manuel I desde criança.
Em 1497 foi nomeado capitão-mor da armada que partiu em busca do caminho marítimo para a Índia. O seu nome ficou para sempre ligado a esta façanha mas houve outras viagens. Em 1502 partiu de novo e de caminho conseguiu dominar o rei de Quíloa, na costa oriental de África. Já na Índia, lutou ferozmente com todos os que tentaram opor-se à presença portuguesa. O prestígio adquirido levou o sucessor de D. Manuel I a nomeá-lo vice-rei da Índia em 1524. Vasco da Gama casara entretanto com D. Catarina de Ataíde, de quem tinha sete filhos: Francisco, Estêvão, Paulo, Cristóvão, Pedro e mais dois. Alguns acompanharam-no e vieram a desempenhar cargos importantes no Oriente.
Vasco da Gama morreu em Cochim em 1524. Era então, além de vice-rei, almirante da Índia e conde da Vidigueira. O seu corpo foi trasladado para Portugal porque assim o exigira em vida. O túmulo esteve na Vidigueira até 1880, data em que lhe deram uma sepultura grandiosa no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa. Repousa ao lado de Luís de Camões.
Wednesday, November 7, 2007
Machim era um jovem cavaleiro inglês, forte e destemido, que se apaixonou por uma menina da alta nobreza chamada Ana de Arfet. Ela correspondeu inteiramente ao seu amor. Não podiam casar porque não pertenciam ao mesmo grupo social. Namoravam portanto em segredo.
Quando os pais de Ana descobriram ficaram furiosos e quiseram pôr fim ao romance. Sendo pessoas importantes, conseguiram que o próprio rei de Inglaterra obrigasse a filha a casar com um fidalgo de alta linhagem.
Desesperado, Machim elaborou um plano de fuga. Quando tinha tudo preparado mandou avisá-la, pedindo que fosse ter com ele ao porto da cidade de Bristol. Ana de Arfet ficou radiante e fugiu de casa à noitinha levando consigo apenas um crucifixo.
Felicíssimos, caíram nos braços um do outro. Mas não houve tempo a perder! O navio que os levaria para França estava ancorado ao largo. Se queriam fugir sem ninguém dar por isso, tinham que aproveitar a ausência da tripulação.
Meteram-se num bote com alguns companheiros e lá foram remando com mil cuidados para não fazerem barulho. Quando subiram a bordo apressaram-se a soltar as velas e partiram cheios de esperança num futuro risonho. O sonho porém não durou muito! Pouco depois levantou-se um temporal e só então perceberam a falta que lhes fazia um piloto experiente. Arrastados pelo vento, andaram à deriva e perderam-se no mar.
Dias depois avistaram uma terra brava, coberta de arvoredo, que os deixou espantados, confusos. Que terra seria aquela? Aparentemente não vivia ali ninguém. Resolveram então desembarcar. Ana pediu que a levassem porque se sentia doente de tão enjoada. Fizeram-lhe a vontade.
O sítio onde tinham ido parar não podia ser mais acolhedor. Havia água com abundância, frutas silvestres e até um abrigo natural! Nessa noite dormiram junto à praia dentro de uma árvore fantástica. O tronco era enorme, oco e tão espaçoso como uma cabana.
Apesar de tudo a pobre menina não se recompôs. A sorte também não ajudou. Uma tempestade arrastou a nau para longe e deixou-os apenas com um bote a remos! Receando não poder regressar nunca, Ana entregou-se à doença e à tristeza. Morreu pouco tempo depois.
Machim, louco de sofrimento, disse aos outros que tentassem alcançar o continente no barco a remos porque ele ficaria ali junto da sua amada. Os amigos rodearam-no de carinho e compreensão mas de pouco serviu. Alguns dias depois o jovem cavaleiro morreu também.
Antes de partirem, os companheiros sepultaram-nos lado a lado. Assim ficariam juntos para todo o sempre!
História muito bonita, que muito se pode retirar para histórias dos dias de hoje. Acontecendo a amigos(as), claro está sem o final trágico, ou connosco próprios. Imortais serão sempre estas histórias de amor e ódio. Já agora:
O lugar que serviu de palco a esta linda e triste história de amor viria a chamar-se Machico na ilha da Madeira...
Thursday, November 1, 2007
With these words I am remembering you. With these words I say I miss you badly. With these words I say I love you deeply, unconditionally, undoubtedly. With these words I say to everyone, that reads it, that I miss you and I love you.
All I want is to cry. The pain of not being with you is unbearable. I want to cry to wash my soul, to clean the dust, so that I can cry again.
I don't want anything. I just wish I had the chance to say to you "I LOVE YOU DEEPLY".
I'll remember you for all my eternity.
Estamos com o mês de Novembro à porta. Como novo mês que é, nada como mudar radicalmente alguns aspectos. Como algumas pontas estão soltas e o nó está sempre a desapertar, nada como mudar de nó ou de atacador para que a coisa se aguente. E como tristezas não pagam dívidas e alegrias não são suficiente para ter os bolsos cheios, o bom mesmo é olhar mais além.
Portanto, gente da minha terra, vamos arrebitar e dar novos passos e levantar o pé do chão (eu incluído :P).
TOCA A ACORDAR! ALVORADA! eheheheheh :)
Always Look on the Bright Side of Life dos Monty Python
Some things in life are bad
They can really make you mad
Other things just make you swear and curse.
When you're chewing on life's gristle
Don't grumble, give a whistle
And this'll help things turn out for the best...
And...always look on the bright side of life...
Always look on the light side of life...
If life seems jolly rotten
There's something you've forgotten
And that's to laugh and smile and dance and sing.
When you're feeling in the dumps
Don't be silly chumps
Just purse your lips and whistle - that's the thing.
And...always look on the bright side of life...
Always look on the light side of life...
For life is quite absurd
And death's the final word
You must always face the curtain with a bow.
Forget about your sin - give the audience a grin
Enjoy it - it's your last chance anyhow.
So always look on the bright side of death
Just before you draw your terminal breath
Life's a piece of shit
When you look at it
Life's a laugh and death's a joke, it's true.
You'll see it's all a show
Keep 'em laughing as you go
Just remember that the last laugh is on you.
And always look on the bright side of life...
Always look on the right side of life...
(Come on guys, cheer up!)
Always look on the bright side of life...
Always look on the bright side of life...
(Worse things happen at sea, you know.)
Always look on the bright side of life...
(I mean - what have you got to lose?)
(You know, you come from nothing - you're going back to nothing.
What have you lost? Nothing!)
Always look on the right side of life...
Monday, October 29, 2007
I see the moon
And the moon sees me
The moon sees the one i need
I see the sun
And the sun sees me
The sun shines with the love i feel
I see the sea
And the sea sees me
The sea gently embraces thee
I see the sky
And the sky sees me
The sky is no limit for what will be
I see the earth
And the earth sees me
The earth will take care of me
by Nuno Lourenço
Sunday, October 28, 2007
Encosta-te a mim,
nós já vivemos cem mil anos.
Encosta-te a mim,
talvez eu esteja a exagerar.
Encosta-te a mim,
dá cabo dos teus desenganos
não queiras ver quem eu não sou,
deixa-me chegar.
Chegada da guerra,
fiz tudo para sobreviver, em nome da terra,
no fundo para te merecer
recebe-me bem,
não desencantes os meus passos
faz de mim o teu herói, não quero adormecer.
Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo
o que não vivi, hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar,
mas quero-te bem,
encosta-te a mim.
Encosta-te a mim,
desatinamos tantas vezes.
Vizinha de mim,
deixa ser meu o teu quintal,
recebe esta pomba que não está armadilhada
foi comprada, foi roubada, seja como foi.
Eu venho do nada
porque arrasei o que não quis
em nome da estrada, onde só quero ser feliz.
Enrosca-te a mim,
vai desarmar a flor queimada,
vai beijar o homem-bomba, quero adormecer.
Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo, e o que não vivi,
um dia hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar,
mas quero-te bem.
Encosta-te a mim
Encosta-te a mim
Quero-te bem.
Encosta-te a mim.
Seja ele de género for, seja ele de cor for. Seja ele bem acolhido, seja ele mal recebido. Seja ele ardente, seja ele calmo. Seja ele intenso, seja ele controlado. Seja ele sufocante, seja ele liberal. Seja ele irracional, seja ele platónico.
Vamos todos amar, vamos todos apaixonar-nos, vamos todos relacionar-nos. Não há nada melhor que o sentir.
Salvas a ELE. Todos. Hip, hip! Urra!
E agora que o abraçamos sinceramente, não estamos todos realmente mais contentes, mais bem dispostos? Digam lá... Pois eu também penso que sim :)
Estudos científicos comprovam que devemos abraça-lo no mínimo duas vezes ao dia. Portanto já sabem, prescrição médica... :)
Hip, hip! Urra!
Não sei quem tu és. Não te conheço. Reconheço as semelhanças com alguém que me foi apresentado. Uma pessoa diferente sem dúvida.
Saturday, October 27, 2007
Não há que negar. Deve-se ser frontal e falar, claro que quando se faz tudo para não ouvir é difícil sê-lo (frontal).
Bom, mas não é nada disso que quero dizer. O que realmente quero dizer é que esforcei-me, cansei-me, resumidamente tentei, o que é bom. Esperei/pensei que realmente teria conseguido, mas não foi suficiente. Desgastei-me, mas valeu o esforço, pois é sempre gratificante esforçar-me para conseguir algo.
AMEI sinceramente. Foi muito bom. Agradeço verdadeiramente a oportunidade.
Para qualquer coisa cá estarei para ajudar, se possível claro :)
AMEI sinceramente. Foi muito bom. Agradeço verdadeiramente a oportunidade.
Friday, October 26, 2007
Simply to inform that my photo sharing adventure has began. Here is the link to my Flickr account where as much as possible i'll post some of the photos that i've been taking, perhaps only the really bad ones :) eheheheheh. Hope you enjoy them...
Wednesday, October 24, 2007
Quero ser a folha que é levada ao sabor do teu vento
Quero ser as raízes da tua árvore
Quero ser a luz do teu sol
Quero ser o peixe que nada no teu mar
Quero ser as labaredas do teu fogo
Quero ser a flor da tua planta
Quero ser o farol do teu mar revolto
Quero ser as estrelas do teu céu
Quero ser os alicerces da tua construção
Quero ser a segurança do teu olhar
Quero ser as palavras do teu silêncio
Quero ser o espelho da tua alma
Quero ser o sonho que em ti surge
Quero ser a tua partida e a tua chegada
Quero ser eu e tu
Sou grão de areia no deserto
por Nuno Lourenço
As suas mãos conduziam a vontade do corpo e do espírito. As carícias cada vez mais concentravam-se no sexo. A dado ponto ela rende-se ao desejo e à vontade, e afaga o sexo e os seios ao mesmo tempo. O desejo domina-a por completo. Toda ela geme enquanto se amima. Em movimentos verticais acaricia o sexo, intervalando com movimentos circulares, ao mesmo tempo que afaga o seio. O desejo é imenso. Enquanto ela se acaricia eu já não tinha meio de conseguir realizar nenhum esboço, nada. O sexo começa a intumescer-se. Eu próprio rendo-me ao desejo e à vontade. Levanto-me da poltrona e dirijo-me até ela. Ela fica contente, pois repara no meu sexo. De início apenas fico ali sentado a observá-la enquanto ela se toca. Beijo-lhe inicialmente a barriga e sigo com a língua até ao pescoço. Beijo-lhe os lábios intensamente e encaminho-me para o sexo, onde contacto com a satisfação deliciando-me por momentos.
Num rasgo de fulgor pego nela e levo-a até à poltrona onde a deixo. Ela fica com os joelhos em cima da poltrona. Em seguida entrego o meu sexo ao sexo dela. Enquanto penetro no seu sexo e lhe afaga as costas ela arqueia-se sobre a poltrona para me ver. Olha-me com tal gosto que sinto-a dentro de mim. Ela pára o que estávamos a fazer e recebe o meu sexo na sua boca deliciando-se por momentos. Em seguida levanta-se da poltrona e joga-me sobre para a cama. Senta-se por cima e decide comandar os acontecimentos. Assim ficamos até nos satisfazermos por completo.
by Nuno Lourenço
Sunday, October 21, 2007
Life is just beautiful, it is truly amazing. It's something overwhelming, astonishing. It doesn't matter how hard it heats you. It doesn't matter how bad things can go wrong. It doesn't matter how strong it beats you.
I have one thing to say:
I AM STILL HERE :)
YEAH.
Saturday, October 20, 2007
Fala-se muito e mal. Fala-se pouco e bem. Fala-se muito e bem. Fala-se pouco e mal. Não se fala.
Brinca-se muito e com tudo. Diverte-se com os momentos existentes. Sonha-se com um futuro. Mas que conversa...
Como é possível viajar num avião com destino incerto e o voo ser sempre circular. Isso significa o que é óbvio, volta-se sempre ao mesmo ponto de partida. Contudo viaja-se a velocidade cruzeiro. Pensa-se que se vai chegar ao destino, espera-se uma comitiva à chegada com banda filarmónica. Enviam-se convites e avisos ao mundo para dar a boa nova. Amigos e conhecidos dirigem-se à pista para receber e saudar a pessoa. Mas afinal nada se passa. Está-se é afinal a voltar ao ponto de partida.
Lutar por se ter o que se pretende, o que se quer. Comprar o bilhete correcto e fazer por tudo para que se chegue ao destino. Nada está garantido e certo...
Friday, October 12, 2007
“O tempo é muito lento para os que esperam
Muito rápido para os que têm medo
Muito longo para os que lamentam
Muito curto para os que festejam
Mas, para os que amam, o tempo é eterno.”
by William Shakespeare
Thursday, October 11, 2007
Um guerreiro samurai, conta uma velha história japonesa, certa vez desafiou um mestre Zen a explicar o conceito de céu e inferno.
Mas o monge respondeu-lhe com desprezo:
- Não passas de um rústico não vou desperdiçar meu tempo com gente da tua laia!
Atacado na própria honra, o samurai teve um acesso de fúria e, sacando a espada da bainha, berrou:
- Eu poderia te matar por tua impertinência.
- Isso - respondeu calmamente o monge.
- É o inferno.
Espantado por reconhecer como verdadeiro o que o mestre dizia acerca da cólera que o dominara, o samurai acalmou-se, embainhou a espada e fez uma mesura, agradecendo ao monge a revelação.
- E isso - disse o monge.
- É o céu.
Wednesday, October 10, 2007
Oh lança que me trespassas,
Oh punhal que me dilaceras,
Oh cravo que me torturas,
Oh dor.
Porque me consomes assim?
Porque não terminas de uma vez?
Porque te prazenteias com o meu sofrimento?
Oh fogo que me dissipas,
Oh chama que me desfazes,
Oh flama que me destróis,
Oh suplício! Oh tormento!
Porque não me extingues?
Porque não me derrubas?
Porque me arruinas assim?
Oh dor.
Leva-me para onde possa acabar,
Para onde tudo será fim,
Morri.
por Nuno Lourenço
Tuesday, October 9, 2007
É pau, e rei de paus, não marmeleiro,
Bem que duas gamboas lhe lobrigo;
Dá leite, sem ser árvore de figo,
Da glande o fruto tem, sem ser sobreiro:
Verga, e não quebra, como o zambujeiro;
Oco, qual sabugueiro, tem o embigo;
Brando às vezes, qual vime, está consigo;
Outras vezes mais rijo que um pinheiro:
À roda da raiz produz carqueja:
Todo o resto do tronco é calvo e nu;
Nem cedro, nem pau-santo mais negreja!
Para carvalho ser falta-lhe um U;
Adivinhem agora que pau seja,
E quem adivinhar meta-o no cu.
de Manuel Maria de Barbosa l´Hedois Du Bocage
O desejo maior de toda a gente
é ter um maior bem, de maior dura;
e longe, a procurá-lo, se amargura
tendo-o às vezes tão perto, e tão presente!
Deve ter sempre o coração consciente
quem se aventure a procurar ventura.
Deve sempre saber o que procura
para que não procure inutilmente.
O sonho que em mim arde e em mim se expande
há-de chegar ao fim, há-de ser grande!
O meu instinto é que o presente e diz...
Sei onde vou e a parte que me cabe!
E há tanta, tanta gente que não sabe
o que lhe falta para ser feliz!
de Virgínia Vitorino
Monday, October 8, 2007
A dor é imensa.
Cada vez que penso que me alistei para isto, a dor aumenta. Estou cansado. Esta guerra parece não ter fim à vista. Depois deste tempo todo já não me recordo porque viemos para esta terra combater. Os meus companheiros estão esgotados. Diminuem de cada vez que saímos para combate. O suor, o sangue e o cheiro já estão entranhados de tal modo que nem o banho consegue tirar. A moral nem sequer existe.
A arma pesa mais e mais. As mãos tremem como folhas ao vento. Não consigo segurar com firmeza nada. Nada faz sentido. Perturba-me a ideia de ter de sair para enfrentar o inimigo. A comida sabe a palha. A água queima a cada gole. Vou ter de ir mais uma vez, olhar para as vidas que extermino.
Despeço-me queridos pais, queridos amigos, pois sei que não vou voltar. Não vou voltar o mesmo. Não vou voltar como era. Não sei sequer se volto inteiro. Menos sei se voltarei. Só quero que termine, de uma maneira ou de outra. Quero ser livre outra vez. Quero ir comprar o jornal sem estar preparado para a confrontação. Quero que termine. Quero que termine.
Não me levem a mal por vos escrever assim. Quero-vos muito bem. Têm sido a minha força, o meu farol, o meu querer, a minha vontade. Não me levem a mal. Quero-vos muito bem.
Adeus.
by Nuno Lourenço
Saturday, October 6, 2007
Não venho aqui falar sobre os proveitos, deveres e direitos. Muito menos venho expressar os meus ideias políticos.
Venho sim dizer que neste feriado nacional, tirei o dia para socializar com o meu Chefe de Estado. Fui visitar o Palácio de Belém, mais propriamente os jardins. Pois a casa em si, não visitei grande coisa. Teria a sua piada, entrar pelo palácio e petiscar umas sardinhas assadas no pão no quintal do palácio com o Chefe de Estado e sua família: - "Oh Cavaquito! Põe lá mais sal nas sardinhas, que isto está insosso." :)
Tenho a dizer que foi uma tarde muito bem passada. O Palácio de Belém é sem dúvida muito bonito. Tem uma estatura muito digna. Uns jardins lindíssimos com umas fontes igualmente lindas. Apreciei muito as obras de arte que pelo espaço estavam expostas.
Desde o meio até ao final da tarde vários artistas tiveram oportunidade de actuar na entrada, mas já dentro do palácio. Músicos diversos numa mistura muito bem conseguida.
Vale REALMENTE a pena visitar o espaço.
Aconselho a qualquer um, português ou estrangeiro. Todos.
O único problema da tarde foi mesmo o típico problema de grande cidade, o trânsito e o estacionamento. O que vale é que andar faz muito bem :)
Ah é verdade, ia-me esquecendo. E a vista do jardim, SUBLIME.
O sorriso do teu olhar cativa-me,
A visão do teu riso fascina-me,
O calor dos teus lábios enlouquece-me,
A frescura dos teus cabelos surpreende-me,
O oásis do teu rosto agrada-me,
Teu corpo o mistério do meu alívio.
O teu ser seduz-me,
O teu mundo minha literatura.
por Nuno Lourenço
Thursday, October 4, 2007
Aproximas-te como se nada se tivesse passado. Com uma inocência estampada no rosto, olhas-me com espanto. Perguntas-me o que se passa, e de seguida confidencias-me que me desejas.
"Mas brincamos ou quê? Mas que merda vem a ser esta..." - respondo eu.
Perdoar??? Como é que pensas que é possível?
Quero que batas com o que fores capaz. Que de uma vez por todas digas o que há para dizer. Mas principalmente que os actos sejam a correspondência de um todo, e não apenas de uma parte.
Ceguei-me e deixei-me ir ao sabor do vento.
É costume haver discórdias entre desconhecidos.
by Nuno Lourenço
Tuesday, October 2, 2007
Espero ansioso,
o que há-de vir.
Passeio-me descalço
por entre espinhos.
Pensando e recordando.
Desejo-te ver como és
sobre este luar.
Caminhas até mim trémula
Parecendo não saber o que fazer,
Parecendo não saber o que querer,
Parecendo não saber o que deixar,
Parecendo não saber o que pedir,
Parecendo que não.
Semblante de menina
Querendo mostrar-se mulher.
por Nuno Lourenço
Friday, September 21, 2007
Don't stop lyrics by Fleewood Mac
"If you wake up and don't want to smile,
If it takes just a little while,
Open your eyes and look at the day,
You'll see things in a different way.
Don't stop, thinking about tomorrow,
Don't stop, it'll soon be here,
It'll be, better than before,
Yesterday's gone, yesterday's gone.
Why not think about times to come,
And not about the things that you've done,
If your life was bad to you,
Just think what tomorrow will do.
Don't stop, thinking about tomorrow,
Don't stop, it'll soon be here,
It'll be, better than before,
Yesterday's gone, yesterday's gone.
All I want is to see you smile,
If it takes just a little while,
I know you don't believe that it's true,
I never meant any harm to you.
Don't stop, thinking about tomorrow,
Don't stop, it'll soon be here,
It'll be, better than before,
Yesterday's gone, yesterday's gone.
Don't you look back,
Don't you look back."
Thursday, September 20, 2007
Durante esta semana tive o prazer, sim prazer, de conhecer um pouco uma senhora americana. Estava a espera que muitos dos rumores fossem verdade. Que "aquela gente" não teria nada de interessante na cabeça, não se preocupassem com nada nem ninguém. Afinal nem tudo é verdade. Para meu espanto a pessoa em questão era, sem dúvida, muito interessante. Sem reservas, digo que foi muito agradável de conversar com ela. Fiquei surpreso por encontrar quem tivesse preocupações sociais, entre outros aspectos, vindo daquele país. Pareceu-me uma senhora muito interessante, com boa conversa, e com muito para dizer.
Afinal nem tudo neste mundo está perdido, é possível ter algumas esperanças sobre o futuro. Admitindo, claro, que mais pessoas existem assim para os lados daquele país.
Wednesday, September 19, 2007
Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver !
Não és sequer a razão do meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida !
Não vejo nada assim enlouquecida ...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida !
"Tudo no mundo é frágil, tudo passa ..."
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim !
E, olhos postos em ti, digo de rastros :
"Ah ! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus : Princípio e Fim !..."
de Florbela Espanca
Tuesday, September 18, 2007
"A ilha das cores, é tão divertida! Vais querer passar lá a vida! O sonho e a fantasia são essenciais à vida".
A vida tem destas coisas. Quando procuramos e pretendemos muitas são as vezes em que apenas encontramos uma mão cheia de nada. Outras alturas há que nos maravilhamos com o que nos é apresentado. Outras ainda há que realmente valem por tudo. Existem momentos que ficaram para todo o sempre. Hajam mais deles. Obrigado...
Saturday, September 8, 2007
Mas que raio é que se passa comigo? Porque estarei aqui a escrever? Mas que súbita nostalgia se abateu sobre mim?! O curioso é constatar que continuo aqui, escrevendo, sem vontade de parar. Será este o meio de me exprimir?! A verdade é que exerce poder sobre a mente, puder falar sem críticas, sem juízos.
Questiono-me sobre que vida é que levo. Uma vida errante, com certeza. Encontro-me agora, aqui, a deambular por antigos pensamentos. Será que serão antigos? Não o serão. Que problemas terei eu? Não consigo conviver com ninguém. Diariamente tento estar com as outras pessoas. É muito difícil, muito difícil mesmo. Tento estar com os amigos (...), mas que amigos?! Sempre foi assim, desde infância. Curioso, "infância", segundo o dicionário significa: primeiro período da vida humana; os primeiros anos; começo; princípio; Acredito que tenha tido "infância" mas decerto nada parecida como de muitos outros. A família é rude, sofredora, sem grandes meios de subsistência. A educação é gerida pelo trabalho forçado para trazer sustento. Pão e água na mesa para haver o que comer. O sofrimento é a regra primária, é o alimento, é a salvação. O modo como os dias são combatidos atingem-me indirectamente. Trabalha-se para no fim levar nada. A indiferença fere mais, muito mais do que é concebível. Digo a mim mesmo que as palavras não surtem qualquer efeito na minha pessoa, mas apenas me engano para tentar chegar ao dia de amanhã. Será que ninguém repara nas mazelas que vão ficando? Será que ninguém repara nas nódoas que permanecem. Será que ninguém vê que não quero sofrer mais? Reservo-me o direito de parar de sofrer. Sinto falta. Falta de ter, de possuir. Sinto falta de calma, despreocupações. (...)
by Nuno Lourenço
Tuesday, September 4, 2007
"Os raios de luz começavam a incidir pelo quarto dentro. Os contrastes e as cores faziam a sua primeira aparição. Estávamos ambos a repousar da madrugada anterior. Eu tinha-me levantado pouco antes do crepúsculo matinal. Estava sentado na poltrona do quarto a deleitar-me com a visão do seu corpo. Decidi começar a desenhá-la. Peguei num lápis e num bloco de papel. Queria recordar aquela imagem.Ela estava deitada sobre a cama descansada e contente, a olhar para mim. O seu corpo bronzeado ao reflectir a luz deixava qualquer um boquiaberto, era um esplendor de visão. Os lençóis da cama tapavam-na até ao peito. Ela vira-se para mim descobrindo o seu corpo até à anca. Toda ela era sexual. O seu porte transpirava uma sensualidade inexplicável. O deslumbramento de tal visão não permitia que a desenha-se. A cada vez que para ela olhava perdia-me no seu corpo, nas suas curvas. Ela estava concentrada a olhar para mim. Os seus seios começam a ficar hirtos, chamando por carícias, enquanto ela se mexe sobre a cama. Digo-lhe para parar, para a poder desenhar. Mas não era possível. Quanto mais ela se mexia, mais sublime era a visão. A vontade de ir ter com ela era cada vez maior.
De repente ela pára e senta-se na cama. Fica ali fitando-me. As suas mãos iniciam uma longa carícia no seu corpo nu. Enquanto ela se acaricia eu paro o esboço que estava a fazer. Cada toque acentuava o desejo nela."
by Nuno Lourenço
ps: a continuar.
Sunday, September 2, 2007
"Vivi o que não houve. Senti o que não existia. Partilhei momentos cegos. Quis mão vazia. Suspirei de encanto deslumbrado com o ofuscar do prazer. Afinal que queria eu? Tudo e nada. Queria pertencer ao seu mundo e o seu mundo me pertencer. Imaginei 1001 noites de delícias. Satisfiz-me com impressões vãs. Iniciei uma relação oca. Ponderei o que seria certo do que seria errado. Investi para apenas aprender a perder.
No fim o que realmente aconteceu, Amei O Vazio."
by Nuno Lourenço
Image by Jisuk Cho
"Com uma súbita confiança decidi entrar. Abro a porta até ser invadido por um aroma conhecido. Aroma perdido nas memórias de infância que se assemelhava aos bolos que a avó fazia. Entro com um sorriso nos lábios de satisfação, para um vazio branco que não permitia perceber o que se estava a passar. Decido então investigar, avançando pelo vazio. A cada passo que dava mais paz interior sentia. A alma era reconfortada com sentimentos disparados não sabia bem de onde. De repente vejo algo. Aproximo-me e para meu espanto é um espelho. Uma fina película que me apresenta o meu semblante, a minha figura miúda. Passo, o que me parecem ser horas, a maravilhar-me com o espelho. Fecho os olhos para descansar um pouco, ao voltar a abri-los o espelho não reflecte a minha pessoa. Não queria acreditar. O que vejo é a minha vida, acontecimentos documentados como se a arquivo histórico pertencessem. A medida que visiono vou ficando cada vez mais triste. Pois constato o desperdício que foi. Por fim vejo um corpo deitado no chão inanimado. Chego perto do espelho e comprovo que aquele corpo era o meu. Sou impelido a tocar no espelho. Ao entrar em contacto com o espelho o mais curioso sucede-se. Sinto o toque. Estupefacto, experimento por diversas vezes e sempre sinto o toque. Repentinamente sou retirado do vazio branco e volto ao negrume anterior e aí fico num total silêncio. Adormecido para todo o sempre."
by Nuno Lourenço
Saturday, September 1, 2007
Na madrugada do primeiro dia de Setembro do ano 2007 presenciei a noite mais violenta até à data em Lisboa. Sou um frequentador assíduo da noite. Saio muitas vezes, sempre com o intuito de me divertir. Passar bons momentos com os amigos e amigas. É costume ver algumas "desavenças" entre amigos, entre desconhecidos. Mas nunca tinha sentido tanta violência como nesta madrugada. Uma noite típica como tantas outras. Depois do grupo se decidir zarpar para um local, que tipicamente, seja com quem for, ou com que grupo for, maioritariamente acaba no Bairro Alto. Depois da peça de teatro da X, saimos todos para o Bairro. No local combinado começamo-nos a juntar. Passado uns bons três quartos de hora começamos a preocuparmo-nos a sério com o Y, namorado da Z. Alguns de nós decidimos ir até ao Cais do Sodré. Para espanto nosso, ao chegar ao Cais do Sodré, o Y telefona à namorada dizendo que tinha sido assaltado. Ele estava no Cais do Sodré já com uns quantos policias e uns jovens já de pernas afastadas e mãos na parede, para identificação. Quando chego ao pé de Y, noto logo uns hematomas. Resultado de um assalto violento, logo confirmado pelo próprio: "Bateram-me na cabeça com uma barra de ferro, e mais uns pontapés".
É assim, muitas vezes passa-me ao lado a violência gratuita em Lisboa, verdade seja dita, que os locais conotados como mais violentos não os frequento, mas também tenho de reconhecer que Lisboa, em certas zonas, está muito mal frequentada e muito violenta.
Y é das pessoas que conheço mais pacífica, calma e serena. A experiência que passou é muito triste. Deixa qualquer um triste. A mim deixou, muito triste e revoltado.
Passado uns minutos decido voltar ao Bairro para junto do restante do grupo, pois o Y e a Z iam a esquadra apresentar queixa e depois ao hospital. Ao chegar junto do restante grupo não demorou mais de 2 minutos até passar por nós três jovens, diria com idades entre os 15 e 17 anos, em que um deles tinha um golpe na cabeça e escorria-lhe sangue pela mesma. Pensei: "Mas o que é isto?! Anda tudo maluco???". Comento com o grupo o estado do moço, e qual não é o meu espanto, que o grupo responde-me em uníssono que uns minutos antes tinham sigo agredidos verbalmente por alguém bêbado que queria armar confusão, e talvez partir para a violência física. - " Mas o que é isto?" - penso eu - "Saiu o zoo à rua, anda tudo a consumir algo alucinogénio, ...".
Simplesmente não dá para perceber. Quem quiser consumir drogas, pois bem que o faça, quem quiser andar bêbado, pois bem que anda. Vamos é ter um pouco de decência na cara, e já agora um pouco de civismo.
Passadas estas peripécias lá nos decidimos ir até um bar. Peço imensa desculpa, mas andar num local apinhado de gente é normal haver uns encontrões, empurrões, cerveja cair no chão, cerveja cair para cima de outras pessoas, tudo desagradável, incómodo, MAS DESCULPEM-ME, nada que mereça uma zaragata.
Digo isto porque quando estou a ir para casa presenciei A a dar um encontrão a B, B entornar cerveja para cima de si próprio e A e B começarem logo uma zaragata, terminada apenas com uns quantos elementos a afastarem A de B e B de A.
MAS ANDA TUDO DOIDO...
Bem mais uma noite lisboeta...
Monday, August 27, 2007
Sem dúvida que temos de nos esforçar para o ter. Sem ele não somos nada. Matéria solúvel. O imenso cansaço que se apodera do corpo contra argumenta a enorme satisfação que é estar em paz. Os caminhos percorridos a custo do esforço corporal são apaziguados através de uma lavagem mental, possibilitando uma alma mais leve.
Os abusos quotidianos numa metrópole levam a risada qualquer um. O campo tal como a cidade tem os seus encantos. Agora digam lá, porque será que cumprimentar uma pessoa numa cidade pode ser estranho. O que será de uma pessoa da cidade quando se deslocar para o campo???? Que ritual macabro é esse, as pessoas cumprimentam-se??? Bem é só gargalhadas, mas é só rir MESMO.
O final interessa é o bem estar. Vale a pena o esforço.
Thursday, August 16, 2007
Muitas, muitas vezes deparamo-nos com mentiras, falsidades, deslealdades, irregularidades, enfim pessoas pura e simplesmente néscias. Mas existem uns seres piores que todos os outros. São uns espécimenes tristes, falsos, hipócritas, que não interessam nem como inimigos.
Muitos eles gostam de agradar, de falar, de passar bons momentos. No final mostram a verdadeira face.
Tenho pena, realmente tenho pena. Porque não passam por serem logo óbvios, sem criarem uma fachada???
Será que necessitam de um mundo de conto de fadas para esquecerem a tristeza, aliás, o vazio das suas vidas??? Não sei responder, pois cada caso é um caso, apenas pergunto.
Seja como for ainda têm tempo para melhorarem, evoluirem, aprenderem. Portanto, aproveitem as oportunidades que vos são oferecidas, não as desperdicem. Principalmente deixem de ser PARVOS.
Tenho dito.
Fifi e Zelda são dois belos exemplares de cadelas rafeiro alentejano. Duas personalidades e modos de estar tão diferentes. Uma mais autoritária, mais centro das atenções. Outra mais selvagem, muito bonita e meiga.
Sim senhor. Vale a pena ter animais assim, crescer no meio e com eles. Abre muito a cabeça a uma pessoa ensinando bastante a tolerar. Mas atenção apenas para quem possa ter animais. Pois é um crime ter animais fechados em minúsculos apartamentos numa qualquer cidade.
A primeira regra do clube de combate é: não falar do clube de combate
As obreiras podem partir
Até os zângãos podem partir
A rainha é a escrava.
A segunda regra do clube de combate é: não falar do clube de combate
Quero que me batas com toda a força de que fores capaz.
A terceira regra do clube de combate é: dois homens por luta
A primeira vez que andei à pancada foi um domingo e o outro homem tinha a barba de uma semana, por isso, os nós dos meus dedos estavam em carne viva por causa da barba.
Monday, July 23, 2007
"A revolta era imensa, não se conseguia explicar. Pensamentos deambulavam pela sua cabeça à velocidade da comunicação entre os neurónios. Não conseguia explicar. Era mais forte, mais poderoso, tanto que se sentia numa pré-erupção vulcânica. A luta contra tudo o que acreditava colocava um túmulo no próprio ser, na própria existência. Como iria ele explicar o que fizera? Como iria ele admitir o que fizera? Como iria ele perdoar-se pelo que fizera? Para ele não existia salvação, não havia solução, não havia como voltar atrás. Apenas um caminho era possível. Ele nem podia imaginar como o teria de percorrer, mas apenas um caminho era possível.
A amiga do Fernando à já três semanas que não sabia nada dele. Cristina perguntava-se - "Mas o que pode ter acontecido?! Ainda no passado dia estava sorridente e satisfeito." - Ela não podia imaginar a cruel verdade. Ninguém poderia aceitar o sucedido. Simplesmente não havia justificação. Cristina e o companheiro João tinham um jantar planeado em sua casa com o Fernando e a mulher. Estavam a discutir o que iriam preparar para o jantar, o que teriam de comprar no supermercado para o poder fazer. Cristina sugere - "Podíamos preparar um daqueles pratos de sushi que eles tanto gostam?!" - João concordava com a sugestão, até porque seria a primeira vez que poria em prática os conhecimentos adquiridos no curso de sushi, que tirara nem duas semanas antes.
Os olhos de Fernando inchavam a cada vez que pensava no que fizera. A explosão de sentimentos era indescritível. Os olhos reflectiam bem os seus pensamentos. O vermelho dos olhos faziam-no parecer estar num estado de êxtase, como se sangrasse, mas sangue não havia. Todo o corpo estava hirto, as veias pareciam saltar fora, tal o modo como pulsavam sangue, tal o modo como sobressaiam do corpo de tão inchadas estarem.
A condução de Fernando era errónea, não controlada. O estado em que estava não permitia ter o discernimento necessário para correctamente circular na estrada. Finalmente Fernando chega a casa dos amigos. O carro pára frente do portão da casa da Cristina. Fernando apercebera-se que não se lembrava de como chegara a casa dos amigos. Era como se o carro tivesse piloto automático e soubesse o percurso a efectuar e o tivesse feito sozinho. Como era típico Fernando tocava duas vezes, seguido por uma pequena pausa e mais um toque. Cristina e João ficaram contentes com a chegada dos amigos. João pensava para si - "Hoje vou brilhar! Eles nem suspeitam que tirei um curso de sushi. Melhor nem acreditarão que a primeira refeição que fiz na vida foram estes pratos de sushi." - João era o típico personagem que reclamava sempre da comida. Conseguia sempre encontrar algo com que reclamar.
Cristina e João foram à porta com um sorriso de satisfeitos, de prazer, por estarem a receber tão bons amigos. Quando abriram a porta e viram o Fernando ficaram brancos, estupefactos, incrédulos e perplexos de espanto e surpresa. Fernando nem se apercebera de como estava vestido. Com tudo o que se passara nem tinha tido o discernimento de vestir algo. Fernando estava à porta com apenas uns calções e de tronco nu. Todo o seu corpo estava coberto de sangue, do rosto pingavam ainda gotas de sangue."
by Nuno Lourenço. A acabar...
Wednesday, July 11, 2007
Silence is not the way.
We all need to talk. We must do all in our power to achieve the one thing that really matters HAPPINESS. May that be whatever it means, but we must do it.
Don't lose time. Go for it, dive in into it, let it flow in your veins, let it be an integral part of your surrounding whole.
All the time I see miserable people walking looking to the ground. Raise your heads and SHOUT.
Aprendi muito desde que aqui ando. Sempre tentei seguir os conselhos que me davam. Uns mais fáceis de atingir que outros. Uns são mesmo difíceis de conseguir. A educação, o meio onde crescemos, as influências que temos e os amigos que vamos fazendo, tudo nos molda, tudo nos caracteriza, tudo nos forma.
Esperei muitas vezes, corrijo, espero praticamente sempre. Obviamente digo-o em relação aos meus interesses.
ESTOU FARTO DE ESPERAR. Mais NÃO.
Acredito nas pessoas e sempre continuarei a acreditar. Mas há umas quantas que realmente não vale o esforço. É assim não podemos agradar a todos.
Monday, July 9, 2007
"Parecia ver uma luz laranja lá bem longe. Corria o mais depressa que podia, sentia uma força, uma vontade imensa de me aproximar. À medida que me aproximava da claridade verificava que a luz percorria todo o espectro de cores. Era como se estivesse a apropinquar da fonte de todos os arco-íris. Começava a vislumbrar uma forma. Sim. Era uma porta o que eu via. Ao chegar perto da porta, parei de súbito. Tinha medo. Como era possível ter estado a correr durante tanto tempo sem me cansar. Como era possível apenas haver uma porta reluzente neste negrume. O que significaria isto tudo???? Perguntas para as quais não tinha resposta, como também não tinha a certeza de as querer ter.
Decidi avançar e abrir a porta. O que estaria para lá desta negridão, perguntava. A maçaneta da porta estava fria. Bastante fria. Tentei abrir a porta muito devagar. Poderia afirmar que era por a maçaneta estar muito fria, mas a verdade era que tremia por todos os lados. À medida que girava o puxador falava comigo próprio. Palavras de incentivo, de coragem e de confiança. Os joelhos, tal como os dentes, pareciam umas matracas. E assim de repente a porta abre-se. Uma luz imensa, forte e ofuscante. Mas o que mais impressionava era o calor. O calor era algo sem explicação."
by Nuno Lourenço
In Correio da Manhã.
Após mais de 30 anos de serviço, o professor Artur foi traído pelo cancro. Ficou sem a laringe e só falava, com grande dificuldade, através de um aparelho. Mesmo assim, foi-lhe recusado o pedido de aposentação e até uma junta médica o deu como apto. Mas os alunos acabaram por não ouvir qualquer aula ao som da sua voz robótica. O professor morreu no dia 9 de Janeiro.
Este é o segundo caso conhecido de uma aposentação negada a um professor doente. Em Junho, uma professora de Aveiro, de 63 anos, a quem tinha sido diagnosticada uma leucemia, morreu sem que lhe tenha sido concedida a reforma. Na Escola Secundária Alberto Sampaio, em Braga, o ambiente é agora de “revolta e indignação”. Alunos, professores e auxiliares mostram-se “perplexos” com “as respostas inacreditáveis do sistema público a um caso dramático como este”, conforme desabafou ao Correio da Manhã o presidente da assembleia de escola, João Lucas, recordando os últimos dias de sofrimento do professor de Filosofia. Com um cancro na garganta, Artur José Vieira da Silva teve de se submeter a uma “amigdalectomia esquerda e laringectomia total com esvaziamento gangliconar cervical funcional bilateral e traquostomia permanente”. Com “ausência total e irrecuperável da voz”, o professor de 60 anos pediu a aposentação.O caso foi avaliado por uma junta médica, a 18 de Abril de 2006, sem que o paciente tivesse sido convocado. A 9 de Maio – e apesar do que consta da Tabela Nacional de Incapacidades – o professor recebeu o veredicto de que nada o impedia de exercer as suas funções. Artur Silva apresentou-se na escola e só ficou livre de actividade lectiva porque o ano já se encontrava no fim. No início do ano lectivo “ainda participou nas reuniões preparatórias, mas as suas dificuldades eram óbvias”, reconhece a presidente do conselho executivo, Manuela Gomes.Artur Silva ainda escreveu uma carta ao director da Caixa Geral de Aposentações, em Setembro, mas o pedido voltou a ser indeferido. Três meses e meio depois morreu.
INCRÍVEL, INCRÍVEL, INCRÍVEL... Como pergunto eu, como?!
Tuesday, July 3, 2007
Dizem-me muitas vezes que sou ingénuo, que me deixo levar, que acredito piamente no que me dizem, que a vida me ensinará muito.
Ora sendo ou não verdade, o que é certo é que eu quero acreditar nas pessoas. Afinal estamos todos no mesmo barco. Somos todos necessários. Eu quero acreditar nas pessoas porque só assim imagino viver. Não me permito acreditar que somos todos desonestos, interesseiros, falsos...
Posso bater com a cabeça várias na parede (como é hábito dizer), mesmo assim continuo e continuarei a acreditar nas pessoas.
Bem hajam a todos.
Monday, July 2, 2007
"A cada dia uma nova descoberta. A cada dia um novo acontecimento. A cada dia uma nova maravilha. Não havia qualquer dúvida, estávamos mais apaixonados. O rosto dela os meus olhos conheciam de cor. Os lábios dela um mundo de prazer descobertos pelos meus. As minhas mãos sentiam-na mesmo sem ela estar presente, conheciam cada curva, cada imperfeição, a suavidade da sua pele. Os olhos dela reflectiam um mundo ainda por descobrir. Era maravilhoso afaga-la, sentir seus espasmos em cada carícia. Era bom falar com ela, uma verdadeira amiga descobria. Era capaz de passar horas apenas a observa-la. Admirava o brilho do seu corpo desnudado quando o nascer do dia lhe incidia.
É certo um facto, tinha encontrado alguém que me trazia paz, serenidade, prazer, alegria, harmonia."
by Nuno Lourenço
PS: A ti dedico-te esta pequena série de textos. Onde quer que estejas...
Sunday, July 1, 2007
Fundado em 1768, tendo sido projectado por um botânico italiano, Domingos Vandelli, vindo de Pádua, que para o efeito mandou vir também de Pádua o jardineiro Júlio Mattiazi, e chamado pelo rei D. José para ensinar os seus príncipes. Apesar de Lisboa ter sido lugar de muitos hortos que albergaram as colecções de plantas vindas de África, Ásia e América, o Jardim Botânico da Ajuda é o primeiro Jardim Botânico de Portugal desenhado com o fim de manter, estudar e coleccionar o máximo de espécies do mundo vegetal.
Aconselho a todos uma visita. Vale bem uma tarde bem passada.
Horário
Verão - 9h. às 20h. (1 de Abril a 30 de Setembro)
Inverno - 9h. às 18h. (1 de Outubro a 31 de Março)
Encerra à quarta feira.
PS: Fica a promessa de apresentar as fotografias deste belo jardim.
Friday, June 29, 2007
"Por fim terra vislumbrava. Temia os passos seguintes que tinha de dar. Muitas incertezas e muita ignorância sobre o que fazer. Pensava que tinha o corpo dorido e que queria descansar. Pensava que tudo estaria perdido, irremediavelmente perdido. Saltei para terra. Ah! Que bom, terra firme. No final do primeiro passo, em terra firme, uma constatação, uma revelação. Não era descanso que queria, não era cansaço que tinha. Apenas ansiedade e expectativas. Esses eram os verdadeiros sentimentos.
Ela apresentava-se à distância de um abraço. Linda era ela, um brilho especial, uma luz reconfortante. Caminhei até ela para a abraçar, para a envolver nos meus braços, a distância foi anulada. Seguiram-se tempos de conquista, mimos e descobrimentos. Cada um tentava manipular o outro. Manipular não no sentido negativo, mas no sentido de conquista, de mostrar ao outro o que perderia caso não ficassem juntos. Até que um dia, de puro divertimento infantil, o beijo aconteceu. Não foi algo fugaz, nem atrapalhado. Também não foi o beijo "perfeito" - se é que tal existe. Mas foi um beijo quente, molhado, com sentimento, arrasador. Depois do beijo um mundo de prazeres se abriu, ambos sentiram um ímpeto para algo mais. O que aconteceu foi uma noite de prazeres, de trocas de mimos e carícias, de satisfação. Foi uma noite de amor, mas também carnal, de luxúria, de espasmos e suores. Foi uma noite a recordar por ambos. Daquelas noites que nos lembramos quando estamos sozinhos e que "mexem" connosco.
Os dias que se seguiram foram envolvendo-nos cada vez mais intimamente. Duas crianças parecíamos. Dois novos namorados o mundo conhecia, um namoro jovial e ardente."
by Nuno Lourenço
Wednesday, June 27, 2007
"Estava eu sossegado e pensando com os meus botões. Divagava pelas minhas ideias, meus contentamentos. Preocupado com o meu mundo, sem notar quem passava ao lado, sem notar quem me chamava. Ponderava neste ou naquele assunto com a maior concentração. Questionava-me se seria verdade ou mentira. Respondia-me sim ou não. Tudo parecia perfeito, numa harmonia clássica, pitoresca. Presenteava-me com histórias inexistentes. Tudo parecia perfeito.
Nada mais foi o mesmo. Bastou um olhar. De um momento para o outro havia alguém. Um ser mágico vindo da terra dos contos de fadas para me acordar. Sim. Até esse momento andava sonâmbulo. Não queria acreditar. Esfreguei os olhos, apenas como reflexo, para comprovar que não seria uma miragem. Interessante que era aquele ser.
Num acto de puro desespero dirigi-me até ela. Que poderia eu fazer, interrogava-me profundamente. A resposta não poderia ser mais simples. Fazer o que de mais natural seria, ir ter com ela, falar com ela. Ah! Mas não é tudo tão simples e directo. Era bom que fosse, mas não é.
Queria chamar a atenção, despertar curiosidade, interesse. Então investi, despi a armadura que até então me protegia e arrisquei, avancei. O início foi atribulado, um deserto a percorrer para conseguir chegar ao oásis. Claro! Isso era o meu desejo.
Caminhei, caminhei, caminhei, e cada vez que vislumbrava um oásis o sentimento crescia. É certo que eram apenas miragens, ou talvez presunção da minha parte pensar que via um oásis. O certo é que o sentimento crescia, alimentado por uma vontade estranha. Tinha vida própria. Uma força avassaladora, vinda de não sei de onde. A dado instante desisti de resistir a tamanha vontade, entreguei-me. Atirei-me de cabeça e envolvi-me nesse sentimento, nessa paixão. Quis experimentar, saborear o néctar e gosto que essa paixão me proporcionava.
Tudo seria um conto de fadas.
Ela não estava assim. Enquanto eu me deliciava com as pequenas coisas, as grandes coisas, com isto ou com aquilo. Ela não estava assim. Não conseguia perceber como é que ela estava. Não entendia as suas vontades. Afinal não a conhecia.
Apaixonei-me e deixei-me ir na crista da onda, na vontade das mares, ao sabor do vento. Ceguei-me e fui atrás. Por fim vislumbro terra. Não sei se firme ou arenosa. Pelo menos é terra. Quero descansar, tenho o coração dorido. Doí-me o corpo, resultado de batalhas contra o inóspito e desconhecido. Quero descansar, doí-me o corpo. Quero descansar. Doí-me o corpo."
by Nuno Lourenço
Tuesday, June 26, 2007
Resistência Pensas que eu sou um caso isolado Não sou o único a olhar o céu A ver os sonhos partirem À espera que algo aconteça A despejar a minha raiva A viver as emoções A desejar o que não tive Agarrado às tentações E quando as nuvens partirem O céu azul ficará E quando as trevas se abrirem Vais ver, o sol brilhará Vais ver, o sol brilhará Não, não sou o único Não sou o único a olhar o céu Não, não sou o único Não sou o único a olhar o céu Pensas que eu sou um caso isolado Não sou o único a olhar o céu A ouvir os conselhos dos outros E sempre a cair nos buracos A desejar o que não tive Agarrado ao que não tenho Não, não sou o único Não sou o único a olhar o céu
Monday, June 25, 2007
O calor não só é apenas a elevação de temperatura de um corpo. É mais do que isso. É uma sensação, agradável ou não, dependendo do objecto. O que é interessante é a sensação que se experimenta na proximidade de um corpo quente. Isto significa muito.
O calor é usado como metáfora para a paixão. E essa meus amigos é a madrinha de tudo. Onde estaríamos nós, raça, sem a paixão? Pergunto-vos e pergunto-me! Não sei a resposta, mas convencido estou, de que num mundo pior, muito pior.
A paixão que sentimos pelo meio que nos rodeia, pelos(as) amigos(as), parentes, namorados(as), etc., isso deixem-me que vos diga: É LINDO!
Mas como tudo, a paixão é também sinónimo de vício, alucinação, sofrimento intenso e doloroso. Cabe a cada um nós saber operar com a "paixão". Mas nunca permitam que se transforme em sofrimento, antes deixem esfumar-se em recordação, lembrança.
Não esqueçam nunca que para uma verdadeira sustentação, necessitam de uma base. Alicerces que possibilitam a construção e o crescimento.
Lareira - laje em que se acende o fogo.
Friday, June 22, 2007
Caetano Veloso - Sozinho Às vezes, no silêncio da noite Eu fico imaginando nós dois Eu fico ali sonhando acordado, juntando o antes, o agora e o depois por que você me deixa tão solto? por que você não cola em mim? Tô me sentindo muito sozinho! Não sou nem quero ser o seu dono É que um carinho às vezes cai bem Eu tenho meus desejos e planos secretos só abro pra você mais ninguém por que você me esquece e some? e se eu me interessar por alguém? e se ela, de repente, me ganha? Quando a gente gosta é claro que a gente cuida fala que me ama só que é da boca pra fora ou você me engana ou não está madura onde está você agora? Quando a gente gosta é claro que a gente cuida fala que me ama só que é da boca pra fora ou você me engana ou não está madura onde está você agora?
Thursday, June 21, 2007
Led Zeppelin's "Dazed And Confused" Been Dazed and Confused for so long it's not true. Wanted a woman, never bargained for you. Lots of people talk and few of them know, soul of a woman was created below. You hurt and abuse tellin' all of your lies. Run around sweet baby, Lord how they hypnotize. Sweet little baby, I don't know where you've been. Gonna love you baby, here I come again. Every day I work so hard, bringin' home my hard earned pay Try to love you baby, but you push me away. Don't know where you're goin', only know just where you've been, Sweet little baby, I want you again. Been dazed and confused for so long, it's not true. Wanted a woman, never bargained for you. Take it easy baby, let them say what they will. Will your tongue wag so much when I send you the bill?
by porto editora:
acto ou efeito de sentir;
sensação;
aptidão para sentir;
sensibilidade;
mágoa;
percepção;
intuição;
pressentimento;
(no pl. ) boa índole, bom carácter;
(no pl. ) pêsames.
O que é certo é que são eles que regem a nossa vida. Temos sentimentos em relação a tudo e qualquer coisa. Nutrimos por pessoas, animais, coisas sentimentos. Sentimentos moldam-nos em muito mais aspectos que pensamos.
É bom sentir, significa vida, e isso é o que realmente interessa.
Tuesday, June 19, 2007
One of my latest favorite quotes is the following:
"Those who never try are those who never fail! I prefer to fail!".
To capture the sense in this quotation is very important. You can take it to all things in your life. Special thanks to all that are true with me, thank you very much.
And to all of you, out there, that just like to joke, abuse/take advantage, fool me, to you i just say thank you also, sooner or later I'll understand who you are and then be sure off one thing - Goodbye.
Monday, June 18, 2007
Passos dou,
Andar tento.
Avanço recuo.
Caminho tortuoso a percorrer.
Que seria se tudo fácil fosse de atingir?
Aprender é a chave,
A vida o cadeado.
por Nuno Lourenço
Noite linda esta.
Luar reconfortante,
Amigo que o caminho mostra.
Noite limpa esta.
Estrelas muitas e brilhantes,
Cintilam e acompanham-me.
por Nuno Lourenço
Por isso não conseguia deixar de lhe tocar na cara. A verdade é que não queria fazer mais nada, bem, talvez abraçá-la um pouco.
Sentiu um espasmo de medo a explodir-lhe no peito, mas apenas por uns brevíssimos instantes, e soltou uma gargalhada, troçando do seu sobressalto.
Agarrou em bocados de jornal, aparas de madeira e nuns bocadinhos de carvão. Era um trabalho lento e que exigia paciência, mas ficou satisfeito.
Passa-se tanto tempo a pensar, a descortinar, a dissecar ideias, conversas. E para quê? Todos nós sabemos que pensar demais só atrapalha, NÃO AJUDA. O que vos digo é o seguinte amigos: CALMA.
Não interessa o que passou, o que se falou. Interessa sim é saborear o que temos, com quem estamos. O importante são as pessoas. O importante são as pessoas. Aliás: "O IMPORTANTE SÃO AS PESSOAS".
Sim.
Esqueçam tudo o que sabem, mas façam-me um favor. Saiam e vão estar um pouco com os familiares, amigos, conhecidos, não interessa. Saiam e digam a quem realmente gostam - "EU GOSTO DE TI! ÉS IMPORTANTE PARA MIM" ;).
Nada é melhor do que acordar e sentirem-se bem convosco próprios. Tudo o resto é treta, futilidades sem interesse.
Saboreiem a VIDA. É o que mais interessa. Façam o desporto, vão à praia, passear, leiam um livro. A actividade não é o mais importante, mas sim o acto. Toca a levantar a auto-estima. Toca a sentir orgulho em vós próprios. Toca a ter confiança em vós próprios.
O que estiver para acontecer, acontecerá :) confiem. A sério.
Abraços.
PS: Tenho de me lembrar disto, vale para todos, eu inclusive :P