Armas de fogo do século XVI

Monday, November 12, 2007

Depois da chegada à Índia os portugueses tiveram que enfrentar novos desafios militares, o que levou ao desenvolvimento e melhoria no fabrico de armas de fogo. Continuaram a usar-se espadas e lanças, mas o mais importante eram as peças de artilharia, feitas em bronze.

Peças de artilharia da primeira metade do século XVI

PEDREIROS
Peças de grande calibre com um tubo curto que atiravam pelouros (bolas) de pedra destinados a estilhaçar aquilo em que embatessem.

CANHÕES
Bocas de fogo de médio calibre e médio comprimento de tubo que atiravam pelouros de ferro fundido com maior alcance que os pedreiros. Estes pelouros destinavam-se a atingir fortificações e navios.

COLUBRINAS
Bocas de fogo de médio calibre com grande comprimento de tubo que lançavam pelouros de ferro para abaterem objectivos a grande distâncias.

Segunda metade do século XVI

A PÓLVORA
A pólvora, há muito conhecida na Europa, já era fabricada em Portugal desde o século XV. Era composta por uma mistura de salitre (75%), enxofre (12,5%) e carvão (12,5%). A partir do século XVI a mistura deixou de ser em pó e passou a ser em grão, porque assim conseguia-se maior estabilidade no armazenamento e melhor eficácia no tiro. A pólvora era utilizada para fazer os canhões dispararem pelouros, mas os pelouros que então se conheciam eram de pedra ou de ferro, não eram explosivos.

OS PRIMEIROS EXPLOSIVOS
Os primeiros projécteis explosivos utilizados na guerra foram as panelas de fogo. Tratava-se de panelas de barro em tudo iguais às da cozinha e cheias de pólvora. Pegava-se-lhes fogo e atiravam-se ao inimigo.
Na defesa da cidade de Diu (Índia), na segunda metade do século XVI, os portugueses usaram muitas destas panelas de fogo.

A ESPINGARDA
A espingarda começou por ser uma espécie de pequeno canhão de mão que lançava um projéctil de pedra ou de metal empurrado por uma explosão de pólvora. Este tipo de arma era pouco seguro porque os canos não eram resistentes e podiam rebentar com a força da pólvora. Mas foi-se aperfeiçoando o fabrico. Quando Vasco da Gama descobriu o caminho marítimo para a Índia já era comum haver espingardeiros a bordo. No Oriente, os indianos e mouros utilizavam peças de artilharia, mas de uma maneira geral tinham menos potência do que as portuguesas.

AS ARMADURAS

No Oriente fazia muito calor e portanto não era possível usar armaduras metálicas completas. Na maior parte dos casos passou a lutar-se com o corpo desprotegido. Alguns continuaram, o entanto, a servir-se de cotas de malha e de elmos.

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