tag:blogger.com,1999:blog-76305344742259306652024-03-13T17:55:34.995+00:00Mundo novo, mundo velhoDo itashi mashiteNunohttp://www.blogger.com/profile/16096685344502090002noreply@blogger.comBlogger109125tag:blogger.com,1999:blog-7630534474225930665.post-68896709615961197192020-11-19T10:17:00.001+00:002020-11-19T10:17:27.934+00:00E DEPOIS DO ADEUS(PARTE I)<BR>
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“As consequências dos actos estão contidas no próprio acto” - mencionou ela, enquanto esboçava um sorriso.<BR>
Ambos sabiam que por mais que lutassem, por mais que se esforçassem, a história iria irremediavelmente afeta-los. O medo do desconhecido era ao mesmo tempo aterrador e aliciante. A força que cada um trazia foi o que originou a faísca. Faísca essa que não era um fogo, mas sim, um mar e um céu. Os seus significados dependiam dos actores. Um vivia com uma passada forte, estável e seguro, sentindo bem a terra por entre seus dedos dos pés. O outro, estendia bem as asas para sentir o ar quente e elevar-se bem alto de onde conseguisse ver o horizonte. Ambos tinham um caminho sem nunca se cruzarem até então.<BR>
A sua história era tão comum, quanto era de extraordinária. Do céu acredita-se que se é livre. A verdade é mais cruel do que se consegue ver. O chão por sua vez, ajudava a enraizar a marcha. Afinal, seja a trote rápido, seja lento, era o sustento de todas as indefinições.<BR>
As asas nem sempre estiveram abertas e o vôo muito menos era ligeiro. No inicio eram como velas de barco. Fortes e potentes, permitindo deslocar-se como se flutuasse. A brisa quente possibilitava vôos mais longos para locais longínquos. Não foi até ser forçado para fora do ninho que a sequência de acções se tornara irreversível.<BR>
O primeiro bater violento para o precipício foi o momento menos assustador a enfrentar. Ao se projectar para o desconhecido, com uma crença inabalável, de fazer e poder tudo que valesse a pena, verificou que o que lhe tinham explicado, não era exacto. A emoção era mais do que uma característica. Era o que lhe originava o bater de coração. A faculdade de discernir a pequena subtileza, a pequena mudança. que era sentir, conferia-lhe a energia para olhar o horizonte com a mesma convicção que olhava a terra e o mar.<BR>
Era pouco antes do crepúsculo quando a emoção o desequilibrou. De frente a si, via outro ser voante a parecer. Incrédulo com o que observara, questionava-se o que teria acontecido. Afinal tinha sido esse ser que o ensinara a sentir. De inicio não ligara e não se preocupara.Bastaria um pouco mais de firmeza e uma boa corrente de ar quente para, novamente, se elevar e perscrutar o além. Sonhar com o desconhecido e o incerto era o seu maior e talvez verdadeiro, desejo.<BR>
Acreditando que nada de mais puro existia do que o sonho, viajou a muitos locais. Com relativa facilidade em se integrar, fê-lo reconhecer como era não só lícito, como deslumbrante, isto a que chamavam de “viver”. Aproveitou tanto quanto conseguia beber desta fonte de energia inesgotável. Nem sempre o plano era calmo. Teve, surpreendentemente, para a sua tenra idade, mais contratempos que imaginaria. Houve um momento em que se deixou ficar. Não se recorda por quanto tempo, mas foi o suficiente para se acomodar. A sua pureza de fé e de ideais, surgia como um ultraje a quem não acreditava mais. Devido a isso, acabara por sofrer. Uma vez mais mentiram-lhe. A emoção de perda não era agradável e relembrou o que se sucedera. Uma espiral de infortúnios, levaram-lhe, desde então, a olhar por cima da asa. Não descansava, nem confiava. Passou a fitar mais o chão, aquela massa estranha que debaixo dele pairava continuamente.<BR>
Uma luz negra aos poucos, ocupava o lugar que antes estava repleto de emoção. Por entre pingos do tempo, o seu bater de asas tornou-se pesado e desconfortável. Passou a fazer da sombra a sua companheira e confidente. Sem notar , e muito menos sem compreender, tornou-se sisudo, desconfiado e muito pouco dado a conversas. Os dias passavam e o seu voar, cada vez mais errante, levava-o para locais inóspitos e perigosos.<BR>
A dureza do solo é a primeira memória que diz ter. Mas afinal é a dureza e o cheiro. Desde que se recorda que adora sentir o sol dar-lhe as boas-vindas e o vento as boas-novas. As pernas, inicialmente trémulas, ganhavam cada vez mais certeza. Todos em seu redor ajudavam e presenteavam com novidades distantes. O inicio não fora muito conseguido. Poder-se-ia dizer que o livro ficaria sem ordenação nas páginas. Algo maior, no entanto, entendeu que não seria assim.<BR>
À medida que os instantes se sucediam, também a ligeireza do passo aumentava. A habilidade para que todos os momentos fossem agradáveis, atraía todos em seu redor. A conversa era fácil e a ocasião suficiente. As experiências eram em catadupa, como também os ensinamentos. A vontade de experienciar, de absorver, de conhecer, de sentir estava acima de qualquer outro.<BR>
De salto em salto, de esforço em esforço, o vento sorria-lhe, o sol abrilhantava o caminho e a chuva limpava a poeira das incapacidades. Sentia-se livre e aí prostrou a sua alma. Tinha especial interesse em observar o céu, sempre que o seu espírito se apaziguava. Questionava-se, muito raramente, como seria voar. Fitava, aqueles, que lhe pareciam seres mágicos e inacessíveis. Curvava-se quando rasavam a superfície. Tudo naquelas formas estranhas a fascinavam. Sem muito entender, notou que nem todos eram iguais. Mas aos seus olhos todos eram incompreensíveis.<BR>
Num tenebroso e cinzento dia, sentiu uns olhos no escuro a mirar. A curiosidade, genuína, de quem quer sorver tudo o que existe, origina uma verbalização - “Porque me encaras assim? Vem sentar-te a meu lado” - Nada. Silêncio apenas e um olhar que mais parecia fazer pontaria. Decidiu e aproximou-se. O que vira era surpreendente. Um daqueles mágicos seres, decidira pousar de perto. Deleitou-se e encantou-se com o requinte e perícia do que vislumbrava. Seguiram-se momentos de prosa e de prazer que arrebatavam o chão e faziam levitar. - “Estou a voar! Estou a voar!” - exclamou em viva voz. Nesse mesmo instante um medo avassalador, trespassou-lheo peito. - “Oh! E agora, como faço para voar?!” - Perguntou ao ser mágico. E uma vez mais nada… Silêncio aterrador...
Ao observar aquela dança à superfície, as suas asas abriram-se e esvoaçou até encontrar uma confortável posição para examinar o que se passava. Estava cansado e as suas feridas afligiam-no o suficiente para aceitar aquele descanso. Não entendia muito sobre dança, menos ainda sobre “estes bichos” do solo. Aceitou no entanto, que era ali que deveria permanecer.<BR>
O desejo e incerteza tomavam conta do seu bico. Não conseguindo mais conter, dispôs-se a comunicar. - “Olá! Porque danças tu?” - Num susto, fechou-se aquela criatura terrestre.- “Quem és tu? Estás aí há muito? És amigo deste outro ser?” - interrogou com voz austera. - “Desculpe! A que se refere? Cheguei há pouco e decidi descansar as minhas penas. Sou amigo de quem? Não entendo!? Está aqui outro terrestre que não veja?” - retorquiu num sereno, ao mesmo tempo que cuidava das chagas. -“Como? Estás a brincar? Este amigo atrás de mim!!!” - e foi nesse momento que ao virar, notou que o que ali tinha estado era um espelho<BR>
...
(FIM PARTE I)
Nunohttp://www.blogger.com/profile/16096685344502090002noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7630534474225930665.post-62212120738635608052020-11-16T16:56:00.005+00:002020-11-16T17:01:11.817+00:00My Friend Of MiseryYou just stood there screaming<br />
Fearing no one was listening to you<br />
They say the empty can rattles the most<br />
The sound of your voice must soothe you<br />
Hearing only what you want to hear<br />
And knowing only what you've heard<br />
You you're smothered in tragedy<br />
And you're up to save the world<br />
<br />
Misery you insist that the weight of the world<br />
Should be on your shoulders<br />
Misery there's much more to life than what you see<br />
My friend of misery<br />
<br />
You still stood there screaming<br />
No one caring about these words you tell<br />
My friend before your voice is gone<br />
One man's fun is another's hell<br />
These times are sent to try men's souls<br />
But something's wrong with all you see<br />
You, you'll take it on all yourself<br />
Remember, misery loves company<br />
<br />
Misery you insist that the weight of the world<br />
Should be on your shoulders<br />
Misery there's much more to life than what you see<br />
My friend of misery (my friend of misery)<br />
<br />
Misery you insist that the weight of the world<br />
Should be on your shoulders<br />
Misery there's much more to life than what you see<br />
My friend of misery<br />
<br />
You just stood there screaming, oh<br />
My friend of misery, yeah, yeah, oh<br/>
<br/>
<br/>by MetallicaNunohttp://www.blogger.com/profile/16096685344502090002noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7630534474225930665.post-58560067619241009902008-09-02T21:44:00.003+01:002008-09-05T10:01:47.321+01:00SombraA eternidade é o que tenho contigo. Estás em todos os momentos da minha vida. É uma estranha ligação esta a nossa. Não compreendo totalmente a interacção que temos. No entanto, nos momentos difíceis, nos momentos alegres, na tristeza, na felicidade, no meu primeiro filho, nas minhas conquistas, estás sempre ao pé de mim. Acompanhas-me em todas as aventuras da minha vida.<br />Procuro-te incessantemente, e no entanto, apenas surges quando queres. Escondes-te de mim, como receando o que possa encontrar. Talvez com receio da minha curiosidade. Acredito que seja para te protegeres, do quê, ainda não sei!<br />Situações há, que te vislumbro por detrás de mim, provavelmente, garantindo que nada me possa atingir. Outras situações há, em que me acompanhas, e ao meu lado moves-te. Suspeito que seja vontade tua de partilhares uma história. Por fim, situações há, em que a minha frente estás, mostrando-me por onde devo circular, apresentando os trilhos, os becos, mas sempre dando liberdade para escolher o meu destino.<br />Ao espelho olho e de ti nada. Frustrado fico quando não te vislumbro. A verdade é que te conheço, reconheço-te. E por mais que me convença disso, imperfeitamente é como te conheço. Numa luz ténue é como te reconheço. Pressinto-te e ao meu redor procuro, mas nada. De passagem é como a ligação. Não creio que seja uma jaula de interesses ou de afectos. Mas sim uma união inequívoca.<br />Manifesto, perante o mundo, que nutro por ti o maior carinho, compaixão, frustração, mas sem descurar o facto de que nunca terei contigo mais do que o que tu pretendes. Aguardo impacientemente o próximo instante que contigo possa desfrutar.<br />Até lá, persisto aqui expectante e curioso.<br /><br />by Nuno LourençoNunohttp://www.blogger.com/profile/16096685344502090002noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7630534474225930665.post-73044765648041509842008-08-31T22:45:00.001+01:002008-08-31T22:47:45.019+01:00ArbustoPoucos eram os que ficavam para observar. O aspecto rude, os contornos espinhosos, o formato não harmonioso como o restante, eram algum dos aspectos mais visivelmente salientados pelos demais, para o facto de não reparem.<br />O arbusto era dono e senhor de si mesmo, contente por si e pelos outros. Não queria saber da sua aparência, não queria saber da sua rugosidade.<br />Admirava todo o seu ambiente e feliz sentia-se com o que presenciava. Recebia o calor do sol e não se importava por não ser o elemento mais bonito, muito menos por não ser o alvo das atenções. Crescia livre e espontâneo sem se incomodar com os comentários, de quem passava, como também dos que o rodeavam.<br />Havia quem o invejava. A segurança transparecida é luz para os olhos de companheiros. Não interessava se verde era ou castanho, a verdade é que o arbusto comunicava com todos os que o rodeavam e, ocasionalmente, com os que por lá deslizavam.<br />Acontecia por vezes criar bons laços com os transeuntes. A comunicação era o que o arbusto mais prezava. Não interessava se era animal ou vegetal, o que interessava era a experiência. Viandantes de terras longínquas, tipicamente, quedavam perto do arbusto. Admiravam e conversavam entre si, deslumbrados com o fenómeno. Levando o conhecimento de volta para as suas terras.<br />Haviam homens e mulheres que por lá pairavam. Não admiravam nada, nem vislumbravam nada. A preocupação não era essa. A preocupação não era nenhuma. O arbusto não se incomodava com tal. Para isso, tinha crescido os espinhos. Protegiam-no e fortificavam-no. O arbusto não se sentia só, não se sentia acompanhado, sentia-se aprazido com o vento a assobiar boas novas e com o céu a trazer-lhe novidades ao ouvido. Tudo isto eram certezas que o arbusto tinha.<br />Um dia uma criança, fascinada que estava com o que via, pergunta aos pais - O que é isto? O que é aquilo no meio do arbusto?<br />Bem filho, isso não é um arbusto. Chama-se uma roseira. O que estás a ver são rosas. São bonitas filho. - responde a mãe.<br />A maravilha de quem não tem a mente moldada nem sabe o que vê, questionando tudo e todos, assim é a inocência de uma criança.<br /><br />by Nuno LourençoNunohttp://www.blogger.com/profile/16096685344502090002noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7630534474225930665.post-47837264908744958782008-08-10T19:36:00.002+01:002008-08-10T20:02:24.132+01:00Os produtos que vinham do Oriente<span style="font-weight: bold;">Plantas</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;"><span style="font-size:85%;">Pimenta</span></span><span style="font-size:85%;"><br /><br /><span style="font-size:100%;">Uma planta espontânea que existia na costa do Malabar, em Malaca e noutras zonas do Índico. Destinava-se a temperar e conservar os alimentos e era utilizada na preparação de medicamentos.</span><br /></span><br /><span style="font-weight: bold;"><span style="font-size:85%;">Cravinho</span></span><span style="font-size:85%;"><br /><br /><span style="font-size:100%;">Flor de uma árvore semelhante ao loureiro que crescia espontaneamente nas ilhas Molucas.</span><br /></span><br /><span style="font-weight: bold;"><span style="font-size:85%;">Noz-Moscada</span></span><span style="font-size:85%;"><br /><br /><span style="font-size:100%;">Cultivava-se nas ilhas de Banda, na Malásia. Utilizava-se como tempero e para preparar medicamentos.</span><br /></span><br /><span style="font-weight: bold;"><span style="font-size:85%;">Canela</span></span><span style="font-size:85%;"><br /><br /><span style="font-size:100%;">Casca de planta espontânea nas ilhas de Ceilão e Java e na costa do Malabar. Utilizava-se como tempero e produto de farmácia.</span><br /></span><br /><span style="font-weight: bold;">Produtos extraídos de animais</span><br /><br /> <span style="font-weight: bold;"><span style="font-size:85%;">Algália</span></span><span style="font-size:85%;"><br /><br /><span style="font-size:100%;">Era um produto extraído de um animal semelhante ao gato que vivia em toda a Índia. Servia para preparar medicamentos e perfumes.</span><br /></span><br /> <span style="font-weight: bold;"><span style="font-size:85%;">Almíscar</span></span><span style="font-size:85%;"><br /><br /><span style="font-size:100%;">Era um produto extraído da pele de uns animais semelhante ao cabrito que habitavam o Tibete e a China. Servia para perfumes e farmácia.</span><br /></span><span style="font-weight: bold;"><br />Outros produtos</span><br /><br /> Do Oriente vinham também pérolas minúsculas a que se dá o nome de aljôfar. Eram «pescadas» no mar Vermelho, no golfo Pérsico e na costa da Pescaria, que fica no sul da Índia. Vinham ainda pérolas grandes, pedras preciosas, sedas e porcelanas da China.Nunohttp://www.blogger.com/profile/16096685344502090002noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7630534474225930665.post-20865702091708994762008-07-27T23:28:00.002+01:002008-07-27T23:29:24.737+01:00Love BurnsNever thought I'd see her go away<br />She learned I loved her today<br />Never thought I'd see her cry<br />And I learned how to love her today<br />Never thought I'd rather die<br />Than try to keep her by my side<br /><br />Now she's gone love burns inside me<br />Now she's gone love burns inside me<br />Now she's gone love burns inside me<br /><br />Nothing else can hurt us now<br />No loss, our love's been hung on a cross<br />Nothing seems to make a sound<br />And now it's all so clear somehow<br />Nothing really matters now<br />We're gone and on our way<br /><br />Now she's gone love burns inside me<br />Now she's gone love burns inside me<br />Now she's gone love burns inside me<br /><br />She cuts my skin and bruise my lips<br />She's everything to me<br />She tears my clothes and burns my eyes<br />She's all I want to see<br />She brings the cold and scars my soul<br />She's heaven sent to me<br /><br />Now she's gone love burns inside me<br />Now she's gone love burns inside me<br />Now she's gone love burns inside me<br /><br />Never thought I'd leave you like the way I do, yeah<br />Kiss my love and I wish you're gone<br />You can kiss my love and I wish you're gone<br />Never thought I'd leave you like the way that I do<br />Kiss my love and I wish you're gone<br />You can kiss my love and I wish you're gone<br />Now she's gone love burns inside me<br />Now she's gone love burns inside me<br />Now she's gone love burns inside me<br /><br />by B.R.M.C.Nunohttp://www.blogger.com/profile/16096685344502090002noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7630534474225930665.post-25229144452499108902008-07-24T23:14:00.004+01:002008-07-24T23:39:31.285+01:00CostumesImaginações e devaneios a parte o certo é que mais uma vez constato danos colaterais. Não deixa de ser curioso o facto de antes convencer-me que os actos pouco afecto tinham na minha pessoa, e no entanto, as consequências existem sempre. Curioso também são as pessoas. É simplesmente fenomenal como elas interagem com as diversas situações e quão diferentes é AINDA possível encontrar.<br />Num instante estamos em alta, como logo no segundo seguinte, já não estamos sequer em sintonia. Discussões à parte existe sempre mais do que um único ponto de vista. Isto é tão claro como o dia. Trivialmente se chega à brilhante conclusão de que são apenas duas mentes que naturalmente divergem. Ponto final. Sem grandes alaridos se verifica que são diferentes maneiras de pensar, como de "olhar", como de constatar... e por aí a fora.<br />Se um lado espera o outro desespera. Se um lado quer o outro rejeita. Se um lado diz gosto o outro detesto. Se um lado raciocina o outro aventura-se. Se um lado ama o outro odeia. Agora o que não é possível é dizer, sentir, fazer, querer, e a seguir ppuuufffff. EPA. Isso é que não. Foi mas deixou de ser percebo. Era mas agora já não é. Não entendo. Juro que não.<br />Não acredito no existe seguido do nada. Isso é palhaçada. Hipocrisia. Estupidez. Fraco.<br />...<br />Há muito neste mundo que trivialmente não entendo.<br />Como dizia o outro: "É para isso que cá andamos"Nunohttp://www.blogger.com/profile/16096685344502090002noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7630534474225930665.post-79841309291437583542008-07-08T23:27:00.003+01:002008-07-08T23:43:59.984+01:00O sentimento das palavrasDiscutir assuntos diversos, falar com quem quer que seja, independentemente do género, idade ou estatuto social. Apraz-me o sentimento que as palavras transmitem, que transportam.<br />Assuntos há que são mais difíceis de expor, exprimir, que outros. Por variadas razões, seja por não saber o que dizer, seja por não saber como dizer, seja pelas ideias não formarem uma linha de raciocínio.<br />Certo é que, por diversas razões, a expressão verbal dos sentimentos nem sempre é directa, menos ainda é clara. Certo é, também, que pela natureza da questão (sentimentos) tudo é suposto acontecer, tudo vale, nada vale, nada é suposto acontecer. São sentimentos. E como a palavra diz, são impressões, conhecimentos, experiências, sensações.<br /><br />Fico-me por aqui... Estou sem saber o que escrever...Nunohttp://www.blogger.com/profile/16096685344502090002noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7630534474225930665.post-61232013488040814742008-05-08T00:57:00.003+01:002021-02-19T12:12:39.834+00:00Prazer da incoerência consistentemente repetitivaOuve-se dizer que com a velhice chega a sabedoria. Que a experiência vem com o fazer.
Nada pode ser mais verdade.
É bonito constatar que há mais do que um lado para as coisas.
Só posso rir quando dizem "alhos" (tapar o sol com a peneira), quando é mais do que sabido que se está a dizer "bogalhos".
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Uma pasta de soda cáustica e de água pode furar uma panela de alumínio. Uma solução de soda cáustica e água dissolve uma colher de pau.
Cheira a vinagre e o fogo na tua mão no final da longa estrada apaga-se. Sentes o cheiro da soda cáustica a queimar a forma ramificada dos teus seios nasais, e o cheiro vomitivo a mijo e a vinagre de um hospital...
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No final tudo acaba em bem.
Pelo menos acaba. UFA...
Nunohttp://www.blogger.com/profile/16096685344502090002noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7630534474225930665.post-52793199952905046962008-04-27T22:11:00.004+01:002008-04-27T23:12:59.653+01:00As representações da TerraAs representações da Terra que se faziam na Idade Média eram geralmente esquemas elaborados de acordo com o que vinha na Bíblia e tinham muita aceitação junto da classe culta - o clero. Havia dois tipos de esquemas: o planisfério de zonas e o planisfério TO.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">O planisfério de zonas</span><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiP75hRFB_JD7xvIr7AWQl1oeGgQQgF0uSL7ImJwJBX3P83gQEbwNcXovTWRpPOfMzZpfrimq1ON2YcW8-WE-SMIqSVovgO2e4ZT-C-13NPfZRmACs7_N_QgNoVs-ojpd8Z_AbFxCFatNfB/s1600-h/planisferio_Zona.bmp"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: right; float: right; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiP75hRFB_JD7xvIr7AWQl1oeGgQQgF0uSL7ImJwJBX3P83gQEbwNcXovTWRpPOfMzZpfrimq1ON2YcW8-WE-SMIqSVovgO2e4ZT-C-13NPfZRmACs7_N_QgNoVs-ojpd8Z_AbFxCFatNfB/s320/planisferio_Zona.bmp" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5194040442539993122" border="0" /></a><br />O planisfério de zonas aparece pela primeira vez num manuscrito de Marciano Capella, no século XII. Era um círculo dividido em cinco zonas: duas <span style="font-style: italic;">frígidas</span>, duas <span style="font-style: italic;">temperadas</span> e uma <span style="font-style: italic;">tórrida</span>. Outros esquemas do mesmo género apresentavam 7 subdivisões na zona temperada do Norte de de acordo com os tipos de clima, que se distinguiam pela duração do maior dia do ano.<br /><br /><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Os planisférios TO</span><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjei-wZIByKIzoAHrWO4XDjNzdK_CLeiuTJYO268ud19DlR1btK7CWNcf1x5vIvQzY1Jio4z1UpI1k1zfAoJMreqx18E2oraehIdr3pTAQ64L12NX-Ziib3WZIS3DDEuh9aOjQC7TY_CF2Q/s1600-h/planisferio_TO.bmp"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: right; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjei-wZIByKIzoAHrWO4XDjNzdK_CLeiuTJYO268ud19DlR1btK7CWNcf1x5vIvQzY1Jio4z1UpI1k1zfAoJMreqx18E2oraehIdr3pTAQ64L12NX-Ziib3WZIS3DDEuh9aOjQC7TY_CF2Q/s320/planisferio_TO.bmp" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5194042310850766898" border="0" /></a>Nestes planisférios o oceano rodeava os continentes como um grande círculo, um O. E, julgando-se que só existiam três continentes - a Europa, a Ásia e a África -, estes apareciam separados por três braços de água que formavam um T. Era costume colocar Jerusalém no centro, por ser a cidade santa dos cristãos. Alguns incluíam também um paraíso terrestre que às vezes surgia no Leste da Europa e outras vezes no extremo da Ásia. Geralmente enfeitava-se o paraíso com as figuras de Adão e Eva.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Os livros de geografia e de viagens</span><br /><br />Nos séculos XIII e XIV houve viajantes que se arriscavam a atravessar regiões onde não era costume circularem europeus. Integravam-se em caravanas e deslocavam-se para o Oriente, de uma maneira geral com o intuito de comerciar. Foi o caso de Marco Polo. Os relatos que depois faziam espicaçavam a curiosidade dos que tinham ficado calmamente em sua casa. E, para satisfazer a avidez de informações a respeito de terras longínquas e povos estranhos, procurava-se livros antigos. Estes, porém, ou faziam descrições muito limitadas ou se alongavam em descrições muito distorcidas. Assim, os homens do século XIV que se interessavam por essas coisas tinham a cabeça povoada de imagens magníficas, empolgantes, acerca de um mundo que não existia.<br />Nesta época recuperou-se a geografia de Pompónio Mela, do século I, que reunia ideias de autores anteriores como Heródoto e Estrabão. Dava indicações relativamente certas sobre a Península Ibérica, de onde ele próprio era natural, misturadas com outras "alegadas". Dizia, por exemplo, que o rio Nilo nascia numa zona fria do Sul e passava de um continente para outro através de um canal submarino.<br />Ptolomeu, o famoso astrónomo e geógrafo da Antiguidade, que tinha uma informação mais correcta acerca da Terra, era desconhecido nesta época. Só veio a ser recuperado pelos europeus no início do século XV. Outras fontes de informação foram os manuscritos de Solino, Santo Isidoro de Sevilha, Marciano Capella. No entanto as informações que continham e as que lhes foram acrescentadas eram bastante fantasiosas.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Os livros de maravilhas</span><br /><br />Se os viajantes faziam relatos mais ou menos fiéis do que tinham visto, o mesmo não se pode dizer dos autores de livros de maravilhas! Estes deixavam a imaginação à solta e escreviam histórias contando viagens que ninguém tinha feito. Para descrever as terras imaginárias serviam-se de conhecimentos da época acerca de pessoas, coisas, plantas e animais, passagens de livros de geografia, e do produto da sua própria criatividade, o que dava origem a textos tão ricos, tão vivos e interessantes que os leitores não só acreditavam no que liam como gostavam de acreditar. Foi por isso que muitas ideias loucas tardaram a ser reconhecidas como tais. E mesmo<br />assim não morreram, pois encontraram o seu lugar nos contos maravilhosos para crianças. É o caso das montanhas brilhantes cheias de serpentes venenosas, das árvores que sangravam mel, das formigas que transportavam ouro, dos homens e mulheres com olhos no peito ou pés de cabra, das sereias, dos dragões, dos elefantes com inteligência humana, das árvores onde nasciam pássaros em vez de frutos, dos anões e gigantes.Nunohttp://www.blogger.com/profile/16096685344502090002noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7630534474225930665.post-58571948750457699992008-04-21T00:07:00.002+01:002008-04-21T00:48:42.273+01:00Navegadores portugueses (século XV)<span style="font-weight: bold;">Diogo Cão</span><br /><br />Diogo Cão é uma figura um pouco misteriosa porque a respeito dele pode-se dizer que se sabe muito e que não se sabe nada. Quem era Diogo Cão? Não restam dúvidas quanto à sua origem: não era nobre, era plebeu. E tudo indica que pertencia a uma família natural de Vila Real de Trás-os-Montes. Ninguém sabe no entanto o nome do pai, o nome da mãe, o dia em que nasceu e onde. O único nome que se pode considerar como certo e seguro é o nome de seu avô Gonçalo Cão.<br />Diogo será o primeiro navegador da família. Decerto tratava-se de um homem cheio de qualidades, capaz de desempenhar tarefas difíceis, pois o rei D. João II escolheu-o para continuar a descobrir terras ao longo da costa de África, em busca da passagem do Atlântico para o Índico, e de estabelecer contacto amigável com os chefes das terras que descobrisse.<br />Diogo Cão desempenhou todas as missões que o rei lhe confiou. Excepto uma. Não atingiu o extremo sul de África. E por isso, ou porque a morte o surpreendeu cedo de mais, não deixou fortuna aos seus descendentes. Depois da segunda viagem, o seu nome não voltou a ser mencionado.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Diogo de Azambuja</span><br /><br />Diogo de Azambuja parece-se mais com uma personagem de romance do que com um homem de carne e osso, de tal forma a sua vida foi agitada e tumultuosa. Numa época em que se morria cedo, viveu até aos oitenta e seis anos. Serviu três reis. Envolveu-se em lutas desde muito cedo, combatendo em Portugal, Aragão, Castela e mais tarde no Norte de África, lutas das quais saiu ora vencido, ora vitorioso, mas sempre vivo! Suportou ferimentos graves com uma resistência de ferro.<br />No reinado de D. Afonso V, durante o cerco de Alegrete, foi atingido e todos julgaram que era o seu fim, ou que teria de cortar uma perna. Pois nem uma coisa nem outra. Ficou coxo, mas resistiu. Quando, anos mais tarde, D. João II quis mandar construir o Castelo da Mina, escolheu-o a ele para chefiar tão delicada e difícil missão, apesar de nessa altura ter quase cinquenta anos e ser aleijado. Quem era este homem que no campo de batalha parecia rir-se da própria morte? E que enfrentava dificuldades rindo-se da própria vida?<br />Diogo de Azambuja pertencia a uma família nobre. Nasceu em Montemor-o-Velho em 1432, filho de Pedro Eanes e Maria Gonçalves Abreu. Entrou para a Ordem de Avis e era, portanto, um monge guerreiro. Como tal não podia casar, o que não o impediu de ter duas filhas de Leonor Botelho. Viveu no século dos Descobrimentos, mas não descobriu terra alguma e as suas viagens, porque também as fez, tinham sempre dois objectivos: a guerra ou a construção de castelos.<br />No reinado de D. Manuel I, já com setenta e quatro anos de idade foi encarregado de construir uma fortaleza no Norte de África, em zona de mouros. A proeza já tinha sido tentada por outros sem qualquer êxito. Diogo de Azambuja não só conseguiu o que queria como ainda fomentou a discórdia entre os habitantes da região e ocupou a cidade de Safim.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Bartolomeu Dias</span><br /><br />Não se sabe ao certo a data em que nasceu nem qual a sua terra de origem. Foi escudeiro do rei D. João II, pertencia portanto à pequena nobreza. Acompanhou Diogo de Azambuja quando este partiu com a missão de construir o Castelo de S. Jorge da Mina. Desempenhou também as funções de Recebedor da Casa da Guiné. Mas o que o transformou numa presença constante nos livros de História foi a famosa viagem em que descobriu a passagem para o Índico.<br />Comandou ainda outras expedições ao Atlântico já ao serviço do rei D. Manuel I. Embora tenha servido dois reis com dedicação, embora tenha dado uma contribuição decisiva para chegar por mar à Índia, sonho de D. João II, não obteve a recompensa merecida. O rei não lhe deu privilégios ou mercês à altura do seu feito. E, anos mais tarde, D. Manuel I não o escolheu para capitanear a primeira armada que enviou ao Oriente, honra a que legitimamente aspirava.<br />Incluído como capitão na armada de Pedro Álvares Cabral em 1500, foi um dos descobridores do Brasil. O destino não lhe concedeu, porém, a alegria de desembarque na terra desejada. Quando a armada de Pedro Álvares Cabral navegava pelo Atlântico Sul com destino à Índia, levantou-se um súbito temporal, e a caravela onde Bartolomeu Dias viajava, mais outras três da armada, desapareceram no mar. Não ficou ninguém para contar a história. Esse naufrágio estimulou a imaginação dos poetas que escreveram belas páginas sobre a «a vingança do gigante Adamastor».Nunohttp://www.blogger.com/profile/16096685344502090002noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7630534474225930665.post-6566813722389818352008-04-19T20:09:00.002+01:002008-04-19T20:43:11.842+01:00Forever and everI carry your heart with me<br />(I carry it in my heart)<br />I am never without it<br />(anywhere I go you go, my dear;<br />and whatever is done by only me is your doing, my darling)<br />I fear no fate<br />(for you are my fate, my sweet)<br />I want no world<br />(for beautiful you are my world, my true)<br />and it's you are whatever a moon has always meant<br />and whatever a sun will always sing is you<br /><br />Here is the deepest secret nobody knows<br />(here is the root of the root and the bud of the bud<br />and the sky of the sky of a tree called life;<br />which grows higher than soul can hope or mind can hide)<br />and this is the wonder that's keeping the stars apart<br /><br />I carry your heart<br />(I carry it in my heart)<br /><br />by Edward Estlin CummingsNunohttp://www.blogger.com/profile/16096685344502090002noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7630534474225930665.post-86230437874965135182008-04-15T00:30:00.001+01:002008-04-15T00:32:53.819+01:00If it only I could make itMama, take this badge off of me<br />I can't use it anymore.<br />It's gettin' dark, too dark for me to see<br />I feel like I'm knockin' on heaven's door.<br /><br />Knock, knock, knockin' on heaven's door<br />Knock, knock, knockin' on heaven's door<br />Knock, knock, knockin' on heaven's door<br />Knock, knock, knockin' on heaven's door<br /><br />Mama, put my guns in the ground<br />I can't shoot them anymore.<br />That long black cloud is comin' down<br />I feel like I'm knockin' on heaven's door.<br /><br />Knock, knock, knockin' on heaven's door<br />Knock, knock, knockin' on heaven's door<br />Knock, knock, knockin' on heaven's door<br />Knock, knock, knockin' on heaven's door<br /><br />"Knockin On Heavens Door" - by Bob DylanNunohttp://www.blogger.com/profile/16096685344502090002noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7630534474225930665.post-76978828450001933132008-04-14T01:03:00.002+01:002008-04-14T01:06:36.572+01:00nhéca nhécaBla, bla, bla, ...... xoxoxo popo, beca, beca.<br />Ainda estás aí?!?!?<br />E que tal se levasses o cágado a passear! BOA ?!<br />...Nunohttp://www.blogger.com/profile/16096685344502090002noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7630534474225930665.post-60449133344363082112008-03-18T22:35:00.002+00:002008-03-18T22:40:02.672+00:00Milhas e quilómetros - Miles and kilometers - Miles et kilomètres (BANG BANG)I was five and he was six<br />We rode on horses made of sticks<br />He wore black and I wore white<br />He would always win the fight<br /><br />Bang bang, he shot me down<br />Bang bang, I hit the ground<br />Bang bang, that awful sound<br />Bang bang, my baby shot me down.<br /><br />Seasons came and changed the time<br />When I grew up, I called him mine<br />He would always laugh and say<br />"Remember when we used to play?"<br /><br />Bang bang, I shot you down<br />Bang bang, you hit the ground<br />Bang bang, that awful sound<br />Bang bang, I used to shoot you down.<br /><br />Music played, and people sang<br />Just for me, the church bells rang.<br /><br />Now he's gone, I don't know why<br />And till this day, sometimes I cry<br />He didn't even say goodbye<br />He didn't take the time to lie.<br /><br />Bang bang, he shot me down<br />Bang bang, I hit the ground<br />Bang bang, that awful sound<br />Bang bang, my baby shot me down...Nunohttp://www.blogger.com/profile/16096685344502090002noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7630534474225930665.post-90242932200962206972008-03-16T01:39:00.001+00:002008-03-16T01:41:29.158+00:00FavorSê uma pessoa simpática e faz-me um favor, sai...<br />Não me procuresNunohttp://www.blogger.com/profile/16096685344502090002noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7630534474225930665.post-84152192597748059012008-03-10T23:58:00.001+00:002008-03-11T00:03:20.160+00:0054 anosÉ incrível que tenham já passado vinte e cinco anos...<br />Desde sempre e para toda a eternidade amar-te-ei.<br />Vão atrasados, eu sei, Feliz Aniversário, Parabéns.Nunohttp://www.blogger.com/profile/16096685344502090002noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7630534474225930665.post-43545883573756643712008-02-22T00:52:00.003+00:002008-02-22T22:12:35.867+00:00Rosa (parte I)Rosa não era o seu verdadeiro nome. Era o nome que ela gostava de usar quando saía. Rosa era uma predadora nata e detentora de uma sensualidade natural difícil de encontrar. Os homens não resistiam ao seu charme felino. Ela não se importava com a atenção que recebia, aliás, fazia de modo a que nenhum homem escapasse. Seduzir e brincar eram dos principais modos de comunicação com os homens. Muitas amigas invejavam-na por ela ter essa naturalidade. Muitas eram também as mulheres que não aceitavam nem o seu comportamento, nem a sua liberdade.<br />O mundo de Rosa era comum a muitas mulheres. O dia era passado no escritório onde tomava as suas decisões. Rosa trabalhava como advogada num conceituado escritório de advogados. O mundo dela era dominado por homens. Rosa era a primeira mulher a quem fora oferecida sociedade no escritório de advogados. O escritório, até à data da sua entrada, era um negócio de família. Os gerentes reconheceram nela capacidades pouco comuns, tendo demorado pouco tempo até receber a proposta de sociedade.<br />Rosa apreciava o que fazia durante o dia, mas era à noite que se sentia verdadeiramente livre, ela. Rosa frequentava um núcleo de amizade. Núcleo de amizade esse que exigia a quem o frequentava absoluto secretismo. O secretismo não era perfeitamente respeitado, Rosa conheceu o núcleo pela primeira vez através de uma "amiga".<br /><br />por Nuno LourençoNunohttp://www.blogger.com/profile/16096685344502090002noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7630534474225930665.post-22534517552279283422008-02-17T15:50:00.004+00:002008-02-22T21:23:05.413+00:00AniversárioAs lembranças surgiam do nada, à velocidade da satisfação. Não tinha explicação, mas o que sentia era maior do que podia aguentar. Não existiam remorsos, não existiam dúvidas. Tinha a plena consciência da pessoa que era e da vida vivida. A alegria era natural naquele instante, como era também a tristeza. Ali de fronte daquelas pessoas recordava-se de acontecimentos passados, uns agradáveis, outros menos agradáveis, ou mesmo desagradáveis. Todos estavam ali por ele.<br /><br />- Que noite! Que bonita noite está hoje. - disse ele.<br />- Perante vós, pergunto-me, "Que raio estarão aqui a fazer? Não terão nada mais interessante a fazer?".<br />- Sei que estão aqui para celebrar o meu aniversário. Sei também que estão aqui por afecto. E por essa razão agradeço-vos.<br />- Esta festa não é a minha festa. Esta festa é para vós.<br />- Agrada-me ter-vos aqui. Cada cara que vejo é uma recordação. Não tenho como dizê-lo em palavras, o quanto me sinto feliz por partilhar este momento convosco.<br />- A única maneira que tenho é, "Obrigado! Obrigado por terem partilhado a vossa vida comigo".<br />- Organizei esta festa, não para celebrar o meu aniversário, mas para celebrar o convívio entre os meus amigos e família.<br />- Obrigado.<br />- Agora música, e quero ver todos a divertirem-se.<br /><br />Ao início ficaram espantados pelo discurso. Questionando-se se aquele seria o modo que ele tinha encontrado para se despedir deles. A verdade é que ninguém sabia. Nem amigos íntimos, nem família. Vendo-o divertir-se, dançando, e cantando, continuaram a divertir-se com a festa que ele organizara. Apenas uma. Apenas ela não apreciara o que ouvira. Estava convicta de que ele dissera mais do que fora dito. Ela temia o pior, que ele estivesse a esconder algo.<br />Cruzaram olhar. Ele dirige-se até ela. Enquanto atravessa o salão, seus olhos comunicam. Ele vê-a como flor adocicada que fizera brilhar sua vida. Ela teme que ele esteja a despedir-se. Suas mãos beijam-se, seus corpos cumprimentam-se, seus olhos dialogam, os lábios encontram-se naquela noite e o beijo é a certeza.<br /><br />- Que estavas tu a dizer a pouco? - pergunta ela assustada.<br />- O que ouviste. - responde-lhe ele.<br />- Não. Estavas a querer dizer mais. Por acaso tens algo para me contar? - diz ela, já tremendo.<br />- Porque estás assim? - questiona ele - Não estejas preocupada. Não me vou embora. Não tenho nenhum problema.<br />Ela escuta-o, mas custa-lhe acreditar. Uma lágrima escorre-lhe pelo rosto. Ele beija-a na face, parando a lágrima.<br />- Sabes que és para mim importante! Que gosto de ti! - afirma ele. - Anda comigo. Precisas apanhar ar!<br /><br />Ambos vão até à varanda. Daí era possível ver a lua. Estava lua cheia e o seu reflexo sobre o rio estendia-se até quase à varanda.<br /><br />- Tenho tanto medo de te perder! - confidencia ela.<br />- Mas porquê? Estou aqui ao teu lado. Não tenhas medo. - diz ele, confortando-a.<br />- Prometes-me que se algo estiver mal... - diz ela.<br />- Cccchh! - diz ele - Não tens nada a recear. Eu amo-te! Quero-te! És minha mulher e não há nada que alterará isso.<br />- Obrigado meu amor. - retorquiu ela.<br /><br />E assim ficaram os dois, na varanda, a música no fundo, observando a lua beijando o rio e sorrindo-lhes, cuidando o seu amor.<br /><br />- Feliz aniversário. - diz ela.<br />- Beija-me, meu amor. - responde-lhe ele.<br /><br />por Nuno LourençoNunohttp://www.blogger.com/profile/16096685344502090002noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7630534474225930665.post-12243976040426501272008-02-11T23:45:00.001+00:002008-02-17T15:49:58.251+00:00Absoluta incoerência coerenteNa manhã seguinte esses mesmos empregados e contabilistas estariam no meio da multidão com as suas cabeças muito bem penteadas atiradas para trás, estonteados por não terem dormido, mas sóbrios e com gravatas a ouvirem a multidão à volta deles a perguntar quem teria feito aquilo e a polícia a gritar para toda a gente fazer o favor de recuar, já, no preciso instante em que a água corria para fora do centro partido e fumegante de cada um daqueles olhos enormes.<br />...<br />Os cabeçalhos:<br />Criado Perturbado Confessa Contaminar Comida.<br />...<br />E eu que costumava ser uma pessoa tão simpática.<br />...<br />O melhor tipo de colagénio é a tua própria gordura, chupada das tuas coxas, tratada, refinada e voltada a injectar nos teus lábios. Ou noutro sítio qualquer. Este tipo de colagénio dura.<br />...<br />Estou vestido. Enfio a mão no bolso e apalpo.<br />Estou completo.<br />Assustado, mas intacto.<br />...<br />Aqui em cima, nos quilómetros de noite entre as estrelas e a Terra, sinto-me como um desses animais do espaço.<br />Cães.<br />Macacos.<br />Homens.<br />Limitas-te a fazer o teu trabalhinho. Puxar uma alavanca. Carregar num botão. A verdade é que não sabes nada do assunto.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPprgWgnjAmXqLJr2HOJaGn73mmQTIRrJ4Nft24Ryn6pw83zgWp8xBGPmlnRmQa8HsMsP4Z5VImuPDn9BapNviou90tIZRg9iMgbx9hromCIhAAP1tHQ02RSJ9QM0LRi2tGMTwjgmrijd2/s1600-h/fight-club.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPprgWgnjAmXqLJr2HOJaGn73mmQTIRrJ4Nft24Ryn6pw83zgWp8xBGPmlnRmQa8HsMsP4Z5VImuPDn9BapNviou90tIZRg9iMgbx9hromCIhAAP1tHQ02RSJ9QM0LRi2tGMTwjgmrijd2/s320/fight-club.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5165878127563752994" border="0" /></a>Nunohttp://www.blogger.com/profile/16096685344502090002noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7630534474225930665.post-38128119114485639942008-02-04T16:00:00.000+00:002008-02-04T21:38:08.478+00:00Os primeiros navios portugueses (século XV)No princípio do século XV os portugueses utilizavam vários tipos de embarcações.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Barca</span><br />A barca mais simples tinha um casco de madeira achatado, um único mastro e veia quadrada. Possuia um leme lateral e era utilizada sobretudo na pesca e nas viagens para o Norte da Europa. As viagens para as ilhas atlânticas e para o cabo Bojador foram feitas em barcas que comportavam uma tripulação de vinte homens. Tinham leme à retaguarda e vela quadrada ou triangular. As velas triangulares permitiam navegar à bolina, ou seja, com ventos contrários.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Barinel</span><br />O barinel era maior do que a barca. Tinha um ou dois mastros, cesto de gávea e uma parte mais elevada à frente a que se dava o nome de castelo de proa.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Galé</span><br />As galés, de casco muito alongado, eram movidas a remos, mas também tinham um mastro com vela quadrada e cesto de gávea.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Fusta</span><br />As fustas, parecidas com as galés, tinham também remos, um mastro, vela quadrada, cesto de gávea. Eram muito utilizadas pelos mouros do Norte de África.Nunohttp://www.blogger.com/profile/16096685344502090002noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7630534474225930665.post-58263340410599504412008-01-28T22:42:00.000+00:002008-02-01T12:25:03.673+00:00Pequeno-almoçoEstava ainda na cama e levanto-me meio ensonado. A campainha já deveria estar a tocar à algum tempo. Levanto-me não convencido e abro a porta. Do outro lado estavas tu, e diga-se a bom de verdade, com uma frescura deliciosa. Entras sem dizer nada. Eu volto para o quarto, a noite anterior tinha sido esgotante. Segues-me até ao quarto e sem tempo a perder empurras-me para cima da cama. Vinhas com uns sapatos de salto alto pretos, umas meias pretas lisas semi transparentes e um casaco que te cobria até aos joelhos.<br />Ali deitado sobre a cama fico, mirando-te enquanto tiras o casaco. Por baixo do casaco tinhas lingerie, apenas. Lingerie de renda preta com um cinto de ligas. O meu sexo entusiasma-se, não escondendo a vontade. Sem esperares debruçaste sobre a cama até ficares por cima de mim. Não esperas por nada, a tua sede estava no auge. Com os dentes tiras-me as cuecas e o meu sexo tenta agredir-te. Sorris e comentas - "O menino fez a barba hoje, que bonito!" - Estava completamente intumescido e tu de imediato o recebes na boca. Desta vez nem beijos, nem carícias, como se os teus lábios, a tua boca ansiavam por recebê-lo.<br />Afago-te a cabeça enquanto te delicias, puxo-te para mim e beijo-te. Tentas voltar, agora sou eu quem te deita sobre a cama. Beijo-te e vejo que estas molhada. Com uma mão tiro-te o soutien e com a outra acaricio-te o sexo. Afago-te e estimulo-te o clitóris. Tiro-te as cuecas enquanto te beijo as coxas. Beijo-te e lambo-te a vulva. Chupo-te, lambo-te, beijo-te e recebo-te quando-te te vens. A manhã continua e nós também.<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7XkYkRFlZX4qH00uOd2PmFHaRzgyKgLcfC3li9TmCEO3bREw3lZurcu3Cn4gn0NrctGEYQBJYwlxS-y5wSJ_Im0LWLTI1CGiQ5fr261mLsmKN77nWi2p3qfo5QJd03unFpEFkdeX-Hjox/s1600-h/451-17.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7XkYkRFlZX4qH00uOd2PmFHaRzgyKgLcfC3li9TmCEO3bREw3lZurcu3Cn4gn0NrctGEYQBJYwlxS-y5wSJ_Im0LWLTI1CGiQ5fr261mLsmKN77nWi2p3qfo5QJd03unFpEFkdeX-Hjox/s320/451-17.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5161802895339833794" border="0" /></a><br />por Nuno LourençoNunohttp://www.blogger.com/profile/16096685344502090002noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7630534474225930665.post-7158703592673683842008-01-28T13:16:00.000+00:002008-01-28T13:17:18.944+00:00Não me lavem o rostoNão me lavem os olhos!<br />Não; já disse não!<br />Deixai-me ver,<br />sentir, viver tudo em mim<br />mas não me lavem os olhos!<br /><br />Deixai-me crer por mim<br />aceitar a realidade<br />mas não me barrem a caminhada<br />não me lavem os olhos!<br /><br />Deixai-me sofrer realidade<br />ao sonhar fraternidade<br />mas... por favor...<br />não me lavem os olhos!<br /><br />por SukratoNunohttp://www.blogger.com/profile/16096685344502090002noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7630534474225930665.post-31711202489764794992008-01-22T23:12:00.000+00:002008-01-23T00:01:35.647+00:00Carta de um suicidaNão. Já me perguntei se seria possível. Não. Não. Não quero mais viver. Não faz sentido. Para quê? Existe um tanto que consigo aguentar. Não faz sentido. Não quero mais. O martírio é já uma constante. Já não sei o que é ser feliz. Não há instante algum que o sinta. Reformulo. Já não sei o que é estar contente. já o esqueci. Já não sei o que é sorrir. Perdi o caminho. Não me lembro. Por mais que procure, por mais que vasculhe, não tenho recordações de momentos alegres. Tudo parece pertencer a outra vida. É um suplício, um tormento, um castigo, cada dia que acordo. Abro os olhos porque não posso dormir para sempre. Quero descansar. Quero nunca mais acordar. Quero sossego. É involuntário é voluntário.<br />Afinal quem conheço eu?! Não faço ideia. Dou por mim a questionar-me se fosse/desaparecesse quem sentiria a minha falta?? Provavelmente ninguém daria por isso. Talvez alguém, de certeza o senhorio seria essa pessoa. Ando no meio de gentes e não reconheço ninguém, não me reconheço. Conto apenas mentiras de acontecimentos inexistentes só para poder dizer a mim mesmo "hoje conversei". Não quero saber mais. Não quero preocupar-me mais. Não faz sentido. Não vale a pena.<br />não há motivação. Não decifro a razão. Talvez seja por nunca ter sido realmente feliz, por nunca ter realmente sentido. Olho em redor vejo pessoas. Pessoas contentes, felizes. Como é possível, pergunto-me. Vejo casais abraçados, trocando juras de amor. Vejo o prazer nos olhos de amantes. Vejo o orgulho dos pais deslumbrados com suas crianças. Avós deliciados com seus netos. Pais entretidos com os primeiros passos, o primeiro abraço, dos seus filhos. Por um lado pergunto-me como será estar assim. Por outro não quero saber. Há apenas um tanto que aguento. Irrita-me ver esta gente contente.<br />Escrevo esta carta não sei porque razão. Talvez para que um dia seja lida. Não digo muito, provavelmente até nem esteja a dizer nada, mas já não consigo entender o que dizem as pessoas, não quero saber mais, CHEGA. Talvez a escrever para aperceber-me que realmente tenho de resolver.<br />Não quero mais acordar. Está resolvido...<br /><br />por Nuno LourençoNunohttp://www.blogger.com/profile/16096685344502090002noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7630534474225930665.post-88059907959288221442008-01-16T00:36:00.000+00:002008-01-16T00:40:02.119+00:00PoemaEm todas as ruas te encontro<br />em todas as ruas te perco<br />conheço tão bem o teu corpo<br />sonhei tanto a tua figura<br />que é de olhos fechados que eu ando<br />a limitar a tua altura<br />e bebo a água e sorvo o ar<br />tanto tão perto tão real<br />que o meu corpo se transfigura<br />e toca o seu próprio elemento<br />num corpo que já não é o seu<br />num rio que desapareceu<br />onde um braço teu me procura<br /><br />por Mário CesarinyNunohttp://www.blogger.com/profile/16096685344502090002noreply@blogger.com1