Lisboa violenta

Saturday, September 1, 2007

 

Na madrugada do primeiro dia de Setembro do ano 2007 presenciei a noite mais violenta até à data em Lisboa. Sou um frequentador assíduo da noite. Saio muitas vezes, sempre com o intuito de me divertir. Passar bons momentos com os amigos e amigas. É costume ver algumas "desavenças" entre amigos, entre desconhecidos. Mas nunca tinha sentido tanta violência como nesta madrugada. Uma noite típica como tantas outras. Depois do grupo se decidir zarpar para um local, que tipicamente, seja com quem for, ou com que grupo for, maioritariamente acaba no Bairro Alto. Depois da peça de teatro da X, saimos todos para o Bairro. No local combinado começamo-nos a juntar. Passado uns bons três quartos de hora começamos a preocuparmo-nos a sério com o Y, namorado da Z. Alguns de nós decidimos ir até ao Cais do Sodré. Para espanto nosso, ao chegar ao Cais do Sodré, o Y telefona à namorada dizendo que tinha sido assaltado. Ele estava no Cais do Sodré já com uns quantos policias e uns jovens já de pernas afastadas e mãos na parede, para identificação. Quando chego ao pé de Y, noto logo uns hematomas. Resultado de um assalto violento, logo confirmado pelo próprio: "Bateram-me na cabeça com uma barra de ferro, e mais uns pontapés".
É assim, muitas vezes passa-me ao lado a violência gratuita em Lisboa, verdade seja dita, que os locais conotados como mais violentos não os frequento, mas também tenho de reconhecer que Lisboa, em certas zonas, está muito mal frequentada e muito violenta.
Y é das pessoas que conheço mais pacífica, calma e serena. A experiência que passou é muito triste. Deixa qualquer um triste. A mim deixou, muito triste e revoltado.
Passado uns minutos decido voltar ao Bairro para junto do restante do grupo, pois o Y e a Z iam a esquadra apresentar queixa e depois ao hospital. Ao chegar junto do restante grupo não demorou mais de 2 minutos até passar por nós três jovens, diria com idades entre os 15 e 17 anos, em que um deles tinha um golpe na cabeça e escorria-lhe sangue pela mesma. Pensei: "Mas o que é isto?! Anda tudo maluco???". Comento com o grupo o estado do moço, e qual não é o meu espanto, que o grupo responde-me em uníssono que uns minutos antes tinham sigo agredidos verbalmente por alguém bêbado que queria armar confusão, e talvez partir para a violência física. - " Mas o que é isto?" - penso eu - "Saiu o zoo à rua, anda tudo a consumir algo alucinogénio, ...".
Simplesmente não dá para perceber. Quem quiser consumir drogas, pois bem que o faça, quem quiser andar bêbado, pois bem que anda. Vamos é ter um pouco de decência na cara, e já agora um pouco de civismo.
Passadas estas peripécias lá nos decidimos ir até um bar. Peço imensa desculpa, mas andar num local apinhado de gente é normal haver uns encontrões, empurrões, cerveja cair no chão, cerveja cair para cima de outras pessoas, tudo desagradável, incómodo, MAS DESCULPEM-ME, nada que mereça uma zaragata.
Digo isto porque quando estou a ir para casa presenciei A a dar um encontrão a B, B entornar cerveja para cima de si próprio e A e B começarem logo uma zaragata, terminada apenas com uns quantos elementos a afastarem A de B e B de A.
MAS ANDA TUDO DOIDO...

Bem mais uma noite lisboeta...

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