"Por fim terra vislumbrava. Temia os passos seguintes que tinha de dar. Muitas incertezas e muita ignorância sobre o que fazer. Pensava que tinha o corpo dorido e que queria descansar. Pensava que tudo estaria perdido, irremediavelmente perdido. Saltei para terra. Ah! Que bom, terra firme. No final do primeiro passo, em terra firme, uma constatação, uma revelação. Não era descanso que queria, não era cansaço que tinha. Apenas ansiedade e expectativas. Esses eram os verdadeiros sentimentos.
Ela apresentava-se à distância de um abraço. Linda era ela, um brilho especial, uma luz reconfortante. Caminhei até ela para a abraçar, para a envolver nos meus braços, a distância foi anulada. Seguiram-se tempos de conquista, mimos e descobrimentos. Cada um tentava manipular o outro. Manipular não no sentido negativo, mas no sentido de conquista, de mostrar ao outro o que perderia caso não ficassem juntos. Até que um dia, de puro divertimento infantil, o beijo aconteceu. Não foi algo fugaz, nem atrapalhado. Também não foi o beijo "perfeito" - se é que tal existe. Mas foi um beijo quente, molhado, com sentimento, arrasador. Depois do beijo um mundo de prazeres se abriu, ambos sentiram um ímpeto para algo mais. O que aconteceu foi uma noite de prazeres, de trocas de mimos e carícias, de satisfação. Foi uma noite de amor, mas também carnal, de luxúria, de espasmos e suores. Foi uma noite a recordar por ambos. Daquelas noites que nos lembramos quando estamos sozinhos e que "mexem" connosco.
Os dias que se seguiram foram envolvendo-nos cada vez mais intimamente. Duas crianças parecíamos. Dois novos namorados o mundo conhecia, um namoro jovial e ardente."
by Nuno Lourenço
Friday, June 29, 2007
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