Sem dúvida que temos de nos esforçar para o ter. Sem ele não somos nada. Matéria solúvel. O imenso cansaço que se apodera do corpo contra argumenta a enorme satisfação que é estar em paz. Os caminhos percorridos a custo do esforço corporal são apaziguados através de uma lavagem mental, possibilitando uma alma mais leve.
Os abusos quotidianos numa metrópole levam a risada qualquer um. O campo tal como a cidade tem os seus encantos. Agora digam lá, porque será que cumprimentar uma pessoa numa cidade pode ser estranho. O que será de uma pessoa da cidade quando se deslocar para o campo???? Que ritual macabro é esse, as pessoas cumprimentam-se??? Bem é só gargalhadas, mas é só rir MESMO.
O final interessa é o bem estar. Vale a pena o esforço.
Monday, August 27, 2007
Thursday, August 16, 2007
Muitas, muitas vezes deparamo-nos com mentiras, falsidades, deslealdades, irregularidades, enfim pessoas pura e simplesmente néscias. Mas existem uns seres piores que todos os outros. São uns espécimenes tristes, falsos, hipócritas, que não interessam nem como inimigos.
Muitos eles gostam de agradar, de falar, de passar bons momentos. No final mostram a verdadeira face.
Tenho pena, realmente tenho pena. Porque não passam por serem logo óbvios, sem criarem uma fachada???
Será que necessitam de um mundo de conto de fadas para esquecerem a tristeza, aliás, o vazio das suas vidas??? Não sei responder, pois cada caso é um caso, apenas pergunto.
Seja como for ainda têm tempo para melhorarem, evoluirem, aprenderem. Portanto, aproveitem as oportunidades que vos são oferecidas, não as desperdicem. Principalmente deixem de ser PARVOS.
Tenho dito.
Fifi e Zelda são dois belos exemplares de cadelas rafeiro alentejano. Duas personalidades e modos de estar tão diferentes. Uma mais autoritária, mais centro das atenções. Outra mais selvagem, muito bonita e meiga.
Sim senhor. Vale a pena ter animais assim, crescer no meio e com eles. Abre muito a cabeça a uma pessoa ensinando bastante a tolerar. Mas atenção apenas para quem possa ter animais. Pois é um crime ter animais fechados em minúsculos apartamentos numa qualquer cidade.
A primeira regra do clube de combate é: não falar do clube de combate
As obreiras podem partir
Até os zângãos podem partir
A rainha é a escrava.
A segunda regra do clube de combate é: não falar do clube de combate
Quero que me batas com toda a força de que fores capaz.
A terceira regra do clube de combate é: dois homens por luta
A primeira vez que andei à pancada foi um domingo e o outro homem tinha a barba de uma semana, por isso, os nós dos meus dedos estavam em carne viva por causa da barba.
Monday, July 23, 2007
"A revolta era imensa, não se conseguia explicar. Pensamentos deambulavam pela sua cabeça à velocidade da comunicação entre os neurónios. Não conseguia explicar. Era mais forte, mais poderoso, tanto que se sentia numa pré-erupção vulcânica. A luta contra tudo o que acreditava colocava um túmulo no próprio ser, na própria existência. Como iria ele explicar o que fizera? Como iria ele admitir o que fizera? Como iria ele perdoar-se pelo que fizera? Para ele não existia salvação, não havia solução, não havia como voltar atrás. Apenas um caminho era possível. Ele nem podia imaginar como o teria de percorrer, mas apenas um caminho era possível.
A amiga do Fernando à já três semanas que não sabia nada dele. Cristina perguntava-se - "Mas o que pode ter acontecido?! Ainda no passado dia estava sorridente e satisfeito." - Ela não podia imaginar a cruel verdade. Ninguém poderia aceitar o sucedido. Simplesmente não havia justificação. Cristina e o companheiro João tinham um jantar planeado em sua casa com o Fernando e a mulher. Estavam a discutir o que iriam preparar para o jantar, o que teriam de comprar no supermercado para o poder fazer. Cristina sugere - "Podíamos preparar um daqueles pratos de sushi que eles tanto gostam?!" - João concordava com a sugestão, até porque seria a primeira vez que poria em prática os conhecimentos adquiridos no curso de sushi, que tirara nem duas semanas antes.
Os olhos de Fernando inchavam a cada vez que pensava no que fizera. A explosão de sentimentos era indescritível. Os olhos reflectiam bem os seus pensamentos. O vermelho dos olhos faziam-no parecer estar num estado de êxtase, como se sangrasse, mas sangue não havia. Todo o corpo estava hirto, as veias pareciam saltar fora, tal o modo como pulsavam sangue, tal o modo como sobressaiam do corpo de tão inchadas estarem.
A condução de Fernando era errónea, não controlada. O estado em que estava não permitia ter o discernimento necessário para correctamente circular na estrada. Finalmente Fernando chega a casa dos amigos. O carro pára frente do portão da casa da Cristina. Fernando apercebera-se que não se lembrava de como chegara a casa dos amigos. Era como se o carro tivesse piloto automático e soubesse o percurso a efectuar e o tivesse feito sozinho. Como era típico Fernando tocava duas vezes, seguido por uma pequena pausa e mais um toque. Cristina e João ficaram contentes com a chegada dos amigos. João pensava para si - "Hoje vou brilhar! Eles nem suspeitam que tirei um curso de sushi. Melhor nem acreditarão que a primeira refeição que fiz na vida foram estes pratos de sushi." - João era o típico personagem que reclamava sempre da comida. Conseguia sempre encontrar algo com que reclamar.
Cristina e João foram à porta com um sorriso de satisfeitos, de prazer, por estarem a receber tão bons amigos. Quando abriram a porta e viram o Fernando ficaram brancos, estupefactos, incrédulos e perplexos de espanto e surpresa. Fernando nem se apercebera de como estava vestido. Com tudo o que se passara nem tinha tido o discernimento de vestir algo. Fernando estava à porta com apenas uns calções e de tronco nu. Todo o seu corpo estava coberto de sangue, do rosto pingavam ainda gotas de sangue."
by Nuno Lourenço. A acabar...
Wednesday, July 11, 2007
Silence is not the way.
We all need to talk. We must do all in our power to achieve the one thing that really matters HAPPINESS. May that be whatever it means, but we must do it.
Don't lose time. Go for it, dive in into it, let it flow in your veins, let it be an integral part of your surrounding whole.
All the time I see miserable people walking looking to the ground. Raise your heads and SHOUT.
Aprendi muito desde que aqui ando. Sempre tentei seguir os conselhos que me davam. Uns mais fáceis de atingir que outros. Uns são mesmo difíceis de conseguir. A educação, o meio onde crescemos, as influências que temos e os amigos que vamos fazendo, tudo nos molda, tudo nos caracteriza, tudo nos forma.
Esperei muitas vezes, corrijo, espero praticamente sempre. Obviamente digo-o em relação aos meus interesses.
ESTOU FARTO DE ESPERAR. Mais NÃO.
Acredito nas pessoas e sempre continuarei a acreditar. Mas há umas quantas que realmente não vale o esforço. É assim não podemos agradar a todos.
Monday, July 9, 2007
"Parecia ver uma luz laranja lá bem longe. Corria o mais depressa que podia, sentia uma força, uma vontade imensa de me aproximar. À medida que me aproximava da claridade verificava que a luz percorria todo o espectro de cores. Era como se estivesse a apropinquar da fonte de todos os arco-íris. Começava a vislumbrar uma forma. Sim. Era uma porta o que eu via. Ao chegar perto da porta, parei de súbito. Tinha medo. Como era possível ter estado a correr durante tanto tempo sem me cansar. Como era possível apenas haver uma porta reluzente neste negrume. O que significaria isto tudo???? Perguntas para as quais não tinha resposta, como também não tinha a certeza de as querer ter.
Decidi avançar e abrir a porta. O que estaria para lá desta negridão, perguntava. A maçaneta da porta estava fria. Bastante fria. Tentei abrir a porta muito devagar. Poderia afirmar que era por a maçaneta estar muito fria, mas a verdade era que tremia por todos os lados. À medida que girava o puxador falava comigo próprio. Palavras de incentivo, de coragem e de confiança. Os joelhos, tal como os dentes, pareciam umas matracas. E assim de repente a porta abre-se. Uma luz imensa, forte e ofuscante. Mas o que mais impressionava era o calor. O calor era algo sem explicação."
by Nuno Lourenço
In Correio da Manhã.
Após mais de 30 anos de serviço, o professor Artur foi traído pelo cancro. Ficou sem a laringe e só falava, com grande dificuldade, através de um aparelho. Mesmo assim, foi-lhe recusado o pedido de aposentação e até uma junta médica o deu como apto. Mas os alunos acabaram por não ouvir qualquer aula ao som da sua voz robótica. O professor morreu no dia 9 de Janeiro.
Este é o segundo caso conhecido de uma aposentação negada a um professor doente. Em Junho, uma professora de Aveiro, de 63 anos, a quem tinha sido diagnosticada uma leucemia, morreu sem que lhe tenha sido concedida a reforma. Na Escola Secundária Alberto Sampaio, em Braga, o ambiente é agora de “revolta e indignação”. Alunos, professores e auxiliares mostram-se “perplexos” com “as respostas inacreditáveis do sistema público a um caso dramático como este”, conforme desabafou ao Correio da Manhã o presidente da assembleia de escola, João Lucas, recordando os últimos dias de sofrimento do professor de Filosofia. Com um cancro na garganta, Artur José Vieira da Silva teve de se submeter a uma “amigdalectomia esquerda e laringectomia total com esvaziamento gangliconar cervical funcional bilateral e traquostomia permanente”. Com “ausência total e irrecuperável da voz”, o professor de 60 anos pediu a aposentação.O caso foi avaliado por uma junta médica, a 18 de Abril de 2006, sem que o paciente tivesse sido convocado. A 9 de Maio – e apesar do que consta da Tabela Nacional de Incapacidades – o professor recebeu o veredicto de que nada o impedia de exercer as suas funções. Artur Silva apresentou-se na escola e só ficou livre de actividade lectiva porque o ano já se encontrava no fim. No início do ano lectivo “ainda participou nas reuniões preparatórias, mas as suas dificuldades eram óbvias”, reconhece a presidente do conselho executivo, Manuela Gomes.Artur Silva ainda escreveu uma carta ao director da Caixa Geral de Aposentações, em Setembro, mas o pedido voltou a ser indeferido. Três meses e meio depois morreu.
INCRÍVEL, INCRÍVEL, INCRÍVEL... Como pergunto eu, como?!